CAPÍTULO 50

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Pelo resto do dia nos ocupamos com os últimos detalhes para o show do dia seguinte. Nossa banda será a segunda, já ao entardecer.

Ensaiamos algumas músicas desde Bruno Mars até AC/DC, tudo assistido de perto por Jo, que não perde um só movimento. Quando terminamos a nossa última música que, na verdade, é uma música extra que Jax insistiu para que ensaiássemos, pois, de acordo com ele, o público irá implorar pelo bis, guardamos nossos instrumentos ao som dos protestos de Ryan, o único que não pôde trazer sua merda para o festival. Já que uma bateria daria muito trabalho para carregar por aí.

Sorrindo, olho para o corredor escondido do público ao lado do palco, onde Jo se encontra. Meu coração para de bater por um segundo, quando não a vejo.

— Foda-se.

Jogando o microfone no chão, eu corro até onde ela estava há poucos segundos. Sigo no corredor ainda correndo, sendo acompanhado de perto dos caras, que não sabe o que está acontecendo. Mas provavelmente o imaginam.

Quando vou gritar seu nome, eu a vejo. Com os olhos brilhando em excitação, ela pula ao redor de um homem extremamente tatuado que a olha com diversão. Aproximo-me e o identifico como Amex Valle, simplesmente o vocalista da banda Infinit., a nova sensação do momento.

Jo, sentido minha aproximação, olha-me com um sorriso brilhante.

— Veja Hero, veja quem eu encontrei.

Ele estende uma mão para mim, que eu ignoro. Pego Jo no colo, tirando-a do chão e a beijo.

Beijo-a para provar ao imbecil que Jo já tem um homem e não precisa de outro. Beijo-a para que Jo saiba que não precisa de outro homem. Beijo-a porque eu quero. Beijo-a porque preciso. Beijo-a porque a amo.

— Você sumiu, baby. — Digo quando a coloco no chão. — Fiquei preocupado.

Ela me olha estática por um momento, mas logo abre um sorriso.

— Sim. Eu estava os assistindo, mas quando vi Amex eu soube... — Meu coração para de bater.— Que tinha que pedir um autógrafo. Veja.

Suspirando aliviado, eu olho sua blusa. Seus olhos reluzem com felicidade. Mas a minha fúria que tinha aplacado com o beijo, volta quando olho sua camiseta rabiscada. Santa merda.

Como ela pode adorá-lo?

Como ela pode preferi-lo a mim?

Como ela pode me trair dessa maneira?

Puxo-a para meus braços. Tentando acalmar-me.

— Você também cantará no festival? — Ele pergunta.

Vai se foder. Eu penso. E quase digo, mas Jo enterra suas unhas em minhas costas em um lembrete, seja legal, como se pressentisse minha vontade de socá-lo.

— Sim. The Sin é a banda.

— Oh, The Sin. Ouvir falar quando estive na Bay Area. Todos da região parecem adorá-los.

— É provável. Agora se me der licença.

Puxo Jo para longe do bastardo. Ou tento, já que ela firma-se no chão.

— O que deu em você? — Pergunta exasperada. — Tire uma foto nossa. — Diz estendendo seu celular.

Olhando-a boquiaberto, eu a vejo abraçar o infeliz. Puta merda.

Ela está fazendo de propósito? Ela quer que eu o mate?

Jogando o celular para Blake, que o pega em reflexo, eu me coloco entre Jo e o bastardo tatuado. Jo me olha com olhos cerrados, mas vira-se para a câmera e sorri.

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora