You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}

CAPÍTULO 24

As últimas semanas foram bastante conturbadas.

Cada dia que passava Hero mostrava-se mais especial para mim. Apesar de calado e misterioso, ele é um homem deslumbrante e com um grande coração. Às vezes, quando estou com ele, sinto-me atropelada por um caminhão. O que pode parecer ruim, mas com o tempo, percebi que isso é ele. Essa é sua forma de demonstrar que se importa comigo.

Essa é sua essência.

E por mais que, às vezes, suas loucuras deixam-me de cabelo em pé. O fato de ele ser somente um menino quebrado e desesperado, dentro de um corpo de homem grande, me faz compreendê-lo, ao invés de recriminá-lo por seus rompantes de possessividade.

Nosso primeiro beijo foi incrível. Quando sua boca se movia sobre a minha, eu subia cada vez mais alto e no final, a queda livre ao chão me trouxe um frio na barriga. É assim toda vez que toco sua boca com a minha, o flutuar seguido de um frio na barriga. Seu gosto viciante de menta, seu cheiro almíscar e amadeirado. Posso senti-lo mesmo distante. Ele está em mim como uma droga correndo em minhas veias.

E, quando sua língua explorou meu corpo, em lugares onde até então não tinha a devida consciência de que existiam, novamente fui ao céu e voltei em queda livre, o que me trouxe o maldito frio na barriga, só que agora muito mais intenso. Ele me fez sentir tão bem, que me pergunto o porquê de não ter explorado meu corpo antes, com outros parceiros. Mas acho que, por mais estranho que possa parecer, meu corpo sempre soube que o pertencia. Estar com ele parece tão certo. Sinto como se tivesse sido feita sobe medida para ele.

Sua intensidade deveria assustar-me.

Mas só me cativa mais.

O sinto receoso sobre nós dois. Como se eu fosse desaparecer a qualquer instante. Sei que por tudo que passou, deve ter medo de me perder, por isso não reclamo quando me prende em seus braços, tentando proteger-me da minha própria sombra. Apesar de tudo, seu convite para morarmos juntos, surpreendeu-me. Pois dias atrás éramos somente amigos. E a pouco mais de um mês, nem sequer nos conhecíamos.

É fato que ele usou de maneira nada legal para fazer-me aceitar seu convite. Mas, no fundo, a possibilidade me animava de certa forma. Só de pensar em acordar todos os dias e ver seus olhos verdes...

As únicas questões que me impediam de aceitar, chamavam-se Max e Matt. E Deus sabe que, mesmo aceitando tão facilmente, meu coração apertou por deixar os gêmeos para trás. Quer dizer, passamos as nossas vidas inteiras juntos. E, por mais feliz que estivesse por ir com Hero, não poderia ignorar a falta que meus amigos iriam fazer dali em diante. Não é como se fosse embora do país, mas quando se tem uma relação igual a nossa, uma separação à essa altura, é realmente muito difícil.

Mas eu estava indo morar com Hero Fiennes, meu, oficialmente, namorado. A pessoa pela qual tenho sentimentos profundos e uma vontade indescritível de passar cada segundo. É como se ele fosse meu coração e eu dependesse dele para viver. E por mais que Max e Matt insistam em dizer, que esse é um passo em falso, uma decisão precipitada da minha parte, eu sinto como se nunca tivesse feito nada mais correto em minha vida. É como o próprio Hero disse, só estaríamos adiando o inevitável. Estar com ele é como viver em cima de uma montanha-russa. Subimos e avançamos, mas sempre esperamos a queda livre.

Nos últimos dias, tenho experimentado sensações que nunca pensei serem possíveis. Quando Hero me toca, o mundo ao meu redor desaparece. E, por um momento, somente há nós dois no planeta. Quando me tomou por trás, não imaginei que seria possível sentir tanto prazer, depois de tamanha dor. Mas foi algo indescritível, um prazer que se acumulou e explodiu, alastrando-se por todo meu corpo. Minha visão se tornou turva por um momento e vi estrelas, aliás, acho que cheguei a alcançá-las.