CAPÍTULO 08

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Chego ao meu destino e com alguns dólares e minha lábia infalível, consigo liberar minha entrada no prédio. Bom, talvez o fato de o porteiro já ter me visto aqui algumas vezes ajudou, mas isso não importa.

Alcançado o elevador, entro e aperto o botão para quinto andar, são intermináveis segundo que passo de modo impaciente batucando meu pé. Quando o elevador abre suas portas, eu praticamente corro. E, ao parar em frente à porta branca, tomo uma respiração profunda tentando acalmar meus nervos, o que não deu resultado e só depois toco o botão da campainha.

Quando a porta se abre instantes depois, eu atiro-me em seus braços. Sim, eu realmente joguei-me em seus braços e só não caímos, pois a segurei suspendendo-a no ar.

— Mas o quê...? — Não entende o que ocorre. Mas eu simplesmente fico lá, abraçando-a. Enterrando meu nariz em seu pescoço, inalo seu cheiro. Rosas e campo.

Seus braços ficam largados ao lado do seu corpo e sua cabeça está agora no nível dos meus olhos, o que só é possível, pois a tirei do chão.

Demora alguns segundos. Segundos intermináveis, até que ela, com um suspiro resignado, abraça-me de volta. Enroscando seus braços magros envolta do meu pescoço.

— O que faz aqui, Hero?

— Não sei, Josephine. — Falo com a voz abafada, apertando-a mais em meus braços.

— Acho melhor você ir embora. — Diz colocando as mãos no meu peito, tentando empurrar-me.

— Não! — Falo firme. Tirando meu rosto de seu pescoço a olho nos olhos.

— Hero. — Suspira. — Vá embora. Logo Max e Matt chegarão e não quero confusão. Além do mais, você não pode tratar-me como uma puta qualquer e depois agir como se não tivesse feito nada.

— Ela diz e sinto a mágoa em sua voz.

Gostaria de pedir desculpas, mas não conseguiria. Hero Fodido Fiennes Tiffin não pede desculpas.

— Eu não falei sério. — Falo devagar.

— Eu não posso acreditar. — Consegue se libertar de meus braços. — Acho melhor nós voltarmos a ser o que erámos antes. Desconhecidos. Chega dessa brincadeira de tentar sermos amigos, Hero. Você não consegue respeitar-me. Sempre me confunde com as suas vadias. Mas eu. Não. Sou. — Pontua cada palavra.

Caminha até a porta e a segura aberta, com uma sobrancelha arqueada. Como que para dar mais firmeza ao que diz. Fico desesperando com suas palavras. Não podemos voltar a ser desconhecidos.

Sei que preciso pedir desculpas. Ela merece, afinal, fui realmente um babaca hoje. Mas, porra!

Nunca pedi desculpas a ninguém e não vou começar agora.

Meu orgulho é maior que meu desespero. Passando por ela, saio de seu apartamento, sem olhar para trás. Mas escuto o momento em que bate à porta com força.

Agora, parado, esperando o elevador chegar, eu considero minhas possibilidades. Posso ir embora e nunca mais incomodar Josephine, ou posso ser Hero Fudido Fiennes Tiffin e mostrar para minha menina quem manda nessa porra.

Olho para trás e encaro a maldita porta branca. Com passos determinados a alcanço e sem ser convidado, entro no apartamento de Josephine.

Encontro-a deitada em um sofá-cama, assistindo alguma merda na televisão. Com o barulho que a porta faz ao bater na parede ela pula, sentando no sofá, assustada. E me encara confusa.

Caminho até ela, com a expressão de predador. Ajoelho-me na sua frente e olhando nos seus olhos digo.

— Desculpe-me. — Acho que já sei quem manda nessa porra.

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora