You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}

CAPÍTULO 01

— Porra! — Acordo irritado com o toque do celular. Porque as pessoas sempre ligam quando estamos dormindo? Alcançando o telefone, eu o atendo. — É melhor que seja importante caralho!- Grito com quem está do outro lado da linha.

— Bom dia para você também bela adormecida, ou melhor, boa noite! Sabe que dia é hoje? Sexta-feira! — Ryan grita em meu ouvido. Merda!

— Não esquenta cara, já estou a caminho. — Falo rapidamente e desligo na sua cara antes de receber uma resposta.

Com um último suspiro levanto da cama e sigo para o banheiro. Estou fedendo a queijo velho e peixe podre, uma consequência de não tomar banho ou escovar os dentes por uma semana. Há cinco dias foi meu aniversário e completei 27 anos de existência nesse mundo medíocre. Mas assim como em outros anos, não teve festa já que não há o que comemorar nessa data. O dia que seria de comemorações e alegrias tornou-se meu pesadelo há muito tempo.

O pior dia da minha vida.

O começo do meu inferno.

Empurrando a autopiedade para o fundo, ligo o chuveiro e tomo um banho demorado. Enxugo-me, coloco uma cueca boxer limpa e alcanço um jeans preto que estava no chão perto da cama, ele está limpo o suficiente para usar. Coloco uma blusa preta, não tenho roupas de outra cor, e paro em frente ao espelho analisando minha imagem.
Tenho cabelos pretos, olhos verdes e muitas tatuagens. Percebo que minha barba está precisando ser feita, mas deixarei isso para outra hora. Além dos meus inúmeros piercings, os músculos bem definidos resultados de anos de luta e academia, são o que mais chamam a atenção.

Certo, sou um cara gostoso.

Uma hora depois entro pelas portas da Mynts e recebo vários olhares, principalmente femininos. Elas me olham com desejo e dão sorrisinhos aos quais eu não retribuo, permanecendo com a minha expressão severa. Não sorrio, nunca. Mynts é o melhor bar da região de Berkeley, Califórnia. Que é uma cidade pequena, localizada a 25 minutos de metrô de São Francisco, na Bay Area, que é como chamamos a região composta por cidades ao redor de São Francisco, como Oakland e São Rafael.
A melhor parte de morar aqui, pelo menos para mim, é que cerca de 60 por cento da população é composta por jovens universitários, o que é perfeito para uma banda e para arrumar um pouco de sexo quente e casual. Não pretendo sair daqui nunca, quem seria louco para isso afinal? Doce merda, se Berkeley foi eleita a melhor cidade para se viver nos Estados Unidos! Não, definitivamente não irei embora daqui.

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Nós nos apresentamos no Mynts um par de dias na semana, sexta e domingo, mas, às vezes, também tocamos um extra no sábado, o que ocorre dependendo do meu humor. Nomeamos a banda como The Sin e você não quer saber por que chamamos nossa banda de pecado. Ela é formada por Ash, o guitarrista base, Ryan, o baterista, Blake, o guitarrista solo, Jax o tecladista e eu, o vocalista.
Começamos nossa banda, no mesmo ano que ingressamos na universidade. Inicialmente éramos somente jovens garotos entediados no fundo da garagem de Jax, depois começamos a tocar em festas de amigos, logo em pequenos bares e em pouco tempo já éramos sucesso em Berkeley. O que nos fez chegar ao Mynts, onde nos fixamos de vez. Nosso objetivo não é o sucesso, somente a diversão. Claro, as garotas também são nosso alvo, sempre foram e com a banda, uma foda casual ficou muito mais fácil. Fazendo meu caminho pelo bar, vejo Jax e Ryan organizando seus instrumentos no palco que fica ao fundo.

— Ei, Hero. Caiu da cama? — Jax diz soltando uma gargalhada. E recebe em troca um olhar mortal, o que não parece intimidá-lo. Qualquer um que recebesse um olhar mortal meu iria borrar toda a maldita calça. Qualquer um, menos esses cinco caras. Somos como uma maldita família.

— Não Jax, ele foi atropelado por um caminhão. — Ryan fala rindo, acompanhando Jax nas gargalhadas.

Levantando meu dedo do meio para eles e sigo para a parte de trás do palco, que usamos como uma espécie de camarim. Blake e Ash se encontram sentados. Blake acena com a cabeça para mim e eu retribuo. Ele é o mais parecido comigo. Depois de algumas merdas que ocorreram no último ano, ele ficou mais calado e misterioso que o habitual. Por um tempo até começou a entrar em depressão, mas conseguimos tirá-lo da merda. Ash também é muito calado, diferente de Jax e Ryan, os brincalhões da turma.
A única coisa em que somos todos parecidos é na aparência. A Banda Sin tem cinco homens tatuados, mal-encarados e cheios de piercings.