❝ɪ'ᴍ sᴄᴀʀᴇᴅ, ɪ'ᴠᴇ ɴᴇᴠᴇʀ ғᴀʟʟᴇɴ ғʀᴏᴍ ǫᴜɪᴛᴇ ᴛʜɪs ʜɪɢʜ.. ғᴀʟʟɪɴ' ɪɴᴛᴏ ʏᴏᴜʀ ᴏᴄᴇᴀɴ ᴇʏᴇs❞
𝐒𝐎𝐅𝐈𝐀 𝐇𝐎𝐋𝐋𝐎𝐖𝐀𝐘 não costumava ver a vida com positividade. Crescida em um lar tóxico, com pais ausentes e envolta em brigas, havia amadurecido mais cedo...
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T h o m a s
Por um milésimo de segundo eu realmente esqueci que Vince não sabia dessa parte da história. E nem deveria saber, mas a minha boca grande não me deu outra opção senão admitir tudo. Eu nem sequer pensei numa desculpa melhor. Talvez dizer que Hanna era a minha sobrinha e Sofia era uma amiga dela? Bom, agora era tarde demais.
- Por quê não me contou isso?
- Não sei, eu só... Eu estive receoso. Ninguém soube sobre isso logo de início.
- E não poderia ter me contado depois?
- Poderia, mas esqueci!
- Eu nem sabia que você tinha irmão! Como não me contou isso também?
- Eu não tenho. Não o considero como irmão. Fomos separados há mais de vinte anos por opção dele, então...
- Olha, eu já não ia te julgar, e agora que contou isso é que não vou mesmo. Mas entendo o seu medo em contar, é um assunto delicado.
- Nem todos são compreensivos como você é.
- Sei disso, mas eu conheço você melhor do que qualquer outra pessoa. Sei que a paixão que sente por ela é verdadeira e independe de laço familiar. Existente ou não. - Ele diz, com um meio sorriso e eu concordo.
Tomo um último gole da cerveja e deixo a garrafa de lado, num lixeiro. Observo Sofia se aproximar e como se adivinhasse, Vince se afasta, dando a desculpa de que vai ver as crianças. Sofia senta ao meu lado e fica em completo silêncio, apreciando a vista. Silêncio esse que não dura por muito tempo.
- Quem era aquela no refeitório do hotel? - Perguntou, ainda sem me olhar.
- Foi por isso que me ignorou? - Questiono e ela permanece em silêncio. - Era Isabel. Aquela que esteve na minha casa outro dia. - Explico e ela assente.
- Sabia que reconhecia aquele loiro0 mal feito de algum lugar. O que ela estava fazendo aqui? Exatamente aqui?
- Eu acho que estava me seguindo. Não me pergunte como, mas ela sabia que eu estava aqui.
- E o que ela queria?
- Me contou que saiu da empresa, e que vai se mudar para Manhattan. Vai trabalhar como secretária executiva no escritório de advocacia do seu pai. - Explico, finalmente tendo seu olhar em mim.
- Como ela sabe quem é meu pai?
- Deve ter investigado, procurado. Não deve ser difícil.
- E o que mais ela falou? Ela quis te chantagear?
- Sim. Disse que supostamente já sabia da verdade sobre nós dois e quis me jogar um verde. Eu não caí, não me expressei mal, não acho que tenha levantado suspeitas.