❝ɪ'ᴍ sᴄᴀʀᴇᴅ, ɪ'ᴠᴇ ɴᴇᴠᴇʀ ғᴀʟʟᴇɴ ғʀᴏᴍ ǫᴜɪᴛᴇ ᴛʜɪs ʜɪɢʜ.. ғᴀʟʟɪɴ' ɪɴᴛᴏ ʏᴏᴜʀ ᴏᴄᴇᴀɴ ᴇʏᴇs❞
𝐒𝐎𝐅𝐈𝐀 𝐇𝐎𝐋𝐋𝐎𝐖𝐀𝐘 não costumava ver a vida com positividade. Crescida em um lar tóxico, com pais ausentes e envolta em brigas, havia amadurecido mais cedo...
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T h o m a s
Assim que estacionei em casa, Sofia acordou. Correu os olhos ao redor, reconhecendo onde estava e sem demora abriu a porta do carro, saindo. Fiz o mesmo e o tranquei. Andamos lado a lado até a porta de casa, onde a abri e Sofia entrou. Tranquei a casa, ativando o sistema de alarme e andei até a cozinha, pegando um copo de água e tomando junto com um comprimido pra dor de cabeça.
- Está tudo bem? - Questionou, genuinamente preocupada.
Não.
- Sim. Só.. Estou perturbado com algumas coisas.
- Se eu puder ajudar...
Você é o meu problema.
- Não é necessário.. Vem, vamos subir.
Segurei de forma delicada no braço dela e subimos. Combinei de acordar às oito pra irmos ao zoológico, como ela havia me pedido, e logo ela entrou no quarto e eu entrei no meu. Joguei meu blazer, gravata e camisa em um lugar qualquer do quarto e me joguei na cama. Pensar em Sofia me deixava exausto. Eu não queria me sentir assim, mas não conseguia mais controlar.
Eu precisava de um banho frio e uma boa noite de sono, isso sim.
• • •
Me remexia na cama, ouvindo o toque do meu celular soar como alarme e o desliguei. Olhei as horas, percebendo que estava bem atrasado pra a saída com Sofia. Virei de frente pra o teto, olhando o gesso branco destoar das paredes do quarto, quando senti algo à mais na cama, ao meu lado. Virei, vendo Sofia encolhida na ponta, enrolada até a cintura com a coberta do próprio quarto.
Meu coração foi acelerando aos poucos, à medida que eu ia percebendo que estava nu por baixo do meu cobertor, com aquela porra de excitação matinal. A única coisa que me acalmava era a respiração tranquila e sonolenta de Sofia.
Me perguntava o motivo de ela estar ali, mas também apreciava a visão que tinha. Ela dormia tão relaxada, tão calma. Não parecia ser a Sofia que fazia meu corpo se transformar num desastre interno. A que fazia minha mente surtar à cada dez minutos com um pensamento ou lembrança diferente.
Eu não queria, mas tinha que acordar ela. Levei a mão até o seu ombro, sentindo um leve choque. A segurei firme e balancei um pouco seu corpo, vendo-a se remexer. Assim que se virou e me olhou, deu um salto de susto, sentando na cama logo em seguida.
- O que eu tô fazendo aqui?
- Me diz você! Acordei e você estava aí.
- Oh... Bem, meu pai me acordou cedo com uma ligação, aproveitei o horário pra vir te acordar, não queria perder o passeio. Mas aí a ressaca falou mais alto e eu acabei deitando aqui.
