❝ɪ'ᴍ sᴄᴀʀᴇᴅ, ɪ'ᴠᴇ ɴᴇᴠᴇʀ ғᴀʟʟᴇɴ ғʀᴏᴍ ǫᴜɪᴛᴇ ᴛʜɪs ʜɪɢʜ.. ғᴀʟʟɪɴ' ɪɴᴛᴏ ʏᴏᴜʀ ᴏᴄᴇᴀɴ ᴇʏᴇs❞
𝐒𝐎𝐅𝐈𝐀 𝐇𝐎𝐋𝐋𝐎𝐖𝐀𝐘 não costumava ver a vida com positividade. Crescida em um lar tóxico, com pais ausentes e envolta em brigas, havia amadurecido mais cedo...
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S o f i a
Estávamos passeando pelo Holland Park, aproveitando a tarde ensolarada da cidade. Já havia conhecido o Jardim Kyoto e posso dizer que com certeza é um dos lugares mais lindos que já pisei. A única parte ruim é que o local estava um pouco cheio hoje, então não foi tão agradável. Dias ensolarados realmente trazem os londrinos para fora de casa.
- O que acha de um sorvete? - Tom sugere, me fazendo abrir um sorriso.
- É tudo o que eu preciso agora!
- Do que você quer?
- Pode ser de morango. - Respondo, vendo-o se aproximar e pedir ao rapaz.
Tom pagou os sorvetes e nós voltamos à andar, agora em silêncio. Paramos numa área sombreada e sentamos num banco de madeira. Minhas pernas doíam, eu sentia uma necessidade de descanso muito grande. A falta do diu realmente estava mexendo comigo. Ao terminar o sorvete, bebi água e encostei a cabeça no ombro de Thomas. Em resposta, ele puxou minha mão, fazendo um carinho com o dedão.
- Acho que estamos sendo desenhados. - Tom diz e eu rapidamente olho para a mesma direção que ele.
Um homem, não muito longe de nós, estava com um tripé e o que provavelmente era uma resma de papéis. Desenhava concentrado e volta e meia nos olhava, mas logo voltava a atenção para a tela. Olhei ao redor, checando se não havia mais nenhum outro casal ou algo desenhável perto de nós e voltei pra a minha posição de antes.
- Vince me fez uma proposta hoje. - Tom disse, atraindo minha atenção e eu assenti, pedindo que continuasse. - Ele aproveitou minhas férias pra descansar um pouco também. Nos chamou pra acompanhar os quatro num passeio.
- Que passeio?
- Um parque, hotel.. Um resort, na costa. Se você quiser, vamos terça.
- É claro que eu quero. Isso não é nem pergunta, Tom.
- Então vou avisá-lo. Confirmar que iremos.
- Ele sabe sobre nós? Preciso saber pra não cometer nenhuma gafe.
- Ele suspeita. Falando ou não, vai sempre achar que temos algo.
- Mas nós temos.
- Exato. Os meninos ficaram animados quando souberam que eu poderia ir.
- Eles são uns amores. Grace me espanta com aquela inteligência. Peter é um doce.
- Acho que Grace tem a mesma mente do pai. Peter talvez se assemelhe à mãe.
- É... Talvez.
Paramos nossos olhares quando o desenhista se aproximou. O papel agora estava enrolado na sua mão e ele parecia extremamente alegre e animado.
