55 | Capítulo Cinquenta e Cinco

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S o f i a

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S o f i a

Ensinar jardinagem a Tom era um trabalho difícil. Para mim ainda mais pois eu só entendia que tinha de plantar e regar todo dia. Parecíamos dois idiotas assistindo um tutorial de como envasar girassóis, onde deixar e como cuidar. E minutos depois, estávamos sujos de terra, e eu enjoada com o cheiro do fertilizante.

— Respira, baby. Beba mais água. — Tom pede, me entregando o copo.

— Eu vou vomitar. — Digo, afastando o copo. — Tommy... A gente não consegue nem dar conta de uma planta. Como acha que vai ser com um bebê?

— Sofia, não está arrependida, está?

— Não. Claro que não. Só estou pensando. Nós não temos nenhuma experiência e... Eu tenho medo.

— Ei, fica calma. Sei que a sensação é aterrorizante, eu também sinto medo, mas nós conseguimos. E vamos ter apoio, sabe disso.

— Eu sei. Mas ainda sim eu tenho medo. Se eu não conseguir ser o que o bebê precisa?

— Não ponha isso na sua cabeça, meu bem. Você é incrível. Nossa filha é sortuda em ter uma mãe como você, e um pai irresponsável e desmiolado como eu. — Ele diz, massageando minhas mãos. — Nós vamos conseguir, juntos. Está bem?

— Certo.

— Ainda está enjoada? — Pergunta e eu assinto. — Quer algo? Os picolés que sua médica passou ainda estão no freezer.

— Quero um.

— Já volto. Não abaixa a cabeça.

— Tudo bem.

Ele se afasta, entrando em casa pouco depois, e logo aquele sentimento de medo e insegurança retornam.

Eu não queria me sentir assim, óbvio que não, mas não era algo que eu conseguisse controlar. Eu já estava mal o suficiente por tudo o que aconteceu com o Marshall, e por não saber como minha mãe realmente estava agora. Não podia deixar de pensar que eu deveria estar com ela agora, lhe dando apoio. Ela precisava de mim, eu sabia que sim, mas eu ainda tinha uma semana em Londres.

Pensava em como Thomas ficaria se eu, por acaso, decidisse voltar antes. Esperava que ele entendesse, ainda mais agora que eu estava cada vez mais firme nessa decisão. Nós dois já havíamos acertado nossa relação, e como iríamos nos ver a cada mês. Eu, no momento, deveria dar a prioridade a quem precisa mais de mim.

Sabia que poderia estar me pondo em risco, pois em Nova Iorque eu estaria um pouco mais envolvida em todo esse circo do meu pai, mas não tinha para onde fugir. Em algum momento eu teria que depor, e não interessa onde eu estiver, esse assunto vai sempre estar na minha cabeça.

Tinha a sorte de até o momento não ter sentido nada que prejudicasse a gravidez, pois o misto de emoções seria mais do que suficiente para por fim a ela. Talvez por isso eu tivesse me obrigado a permanecer calma antes de toda a confusão realmente acontecer. Pelo meu filho. Ou filha, como diz Thomas.

𝐎𝐂𝐄𝐀𝐍 𝐄𝐘𝐄𝐒 ꩜ tom hiddleston (✓)Onde histórias criam vida. Descubra agora