❝ɪ'ᴍ sᴄᴀʀᴇᴅ, ɪ'ᴠᴇ ɴᴇᴠᴇʀ ғᴀʟʟᴇɴ ғʀᴏᴍ ǫᴜɪᴛᴇ ᴛʜɪs ʜɪɢʜ.. ғᴀʟʟɪɴ' ɪɴᴛᴏ ʏᴏᴜʀ ᴏᴄᴇᴀɴ ᴇʏᴇs❞
𝐒𝐎𝐅𝐈𝐀 𝐇𝐎𝐋𝐋𝐎𝐖𝐀𝐘 não costumava ver a vida com positividade. Crescida em um lar tóxico, com pais ausentes e envolta em brigas, havia amadurecido mais cedo...
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S o f i a
Sentia minha cabeça doer e já sabia que tinha dormido demais. A posição estava confortável, mas eu já sentia meu corpo despertar pouco a pouco. O ambiente escuro e frio me dava preguiça de me levantar, mas eu tinha que fazê-lo. Tinha que ir comer. Embora sentisse um aroma familiar e doce adentrar meu nariz.
— ... E sua mãe é meio preguiçosa as vezes, sabe? Se você puxar a ela, vai dormir o dia inteiro também. Isso me preocupa. Não quero ter que ficar acordado a madrugada toda para fazer companhia a vocês duas.
A voz de Thomas adentra meus ouvidos, e seu toque em minha barriga me faz perceber que ele estava falando com ela. Não consigo conter o sorriso, e ele para de falar assim que eu abro os olhos, fazendo uma feição chocada.
— Estava me ouvindo? Maria fifi.
— Eu acabei de acordar, bobão. – Rebato e ele semicerra os olhos na minha direção. – O que estava dizendo aí?
— Estava conversando com ela. Dizendo o quanto você dorme. Aliás, hiberna. — Se corrige.
— Vai se acostumando. Eu já durmo demais, a gravidez vai piorar isso.
— Vou te acordar só pra checar se não morreu e pra te dar comida.
— Falar em comida, trouxe café? – Pergunto e ele aponta para uma bandeja com panquecas e frutas. — Você é demais!
— Eu sei, agora come. Quero sua ajuda pra uma coisa.
Nós havíamos passado a noite de ontem assistindo filme e jogando na salinha do Thomas, e a preguiça de ir para o quarto nos fez dormir aqui. Não era desconfortável, e me lembrava da nossa primeira vez.
Nós tomamos café juntos, dividindo as panquecas, frutas, e ele bebendo seu café, deixando o suco para mim. Após acabar tudo, Tom levou a louça suja e eu tirei o lixo dos lanches de ontem, fechando a porta da sala. Limpamos tudo na cozinha e voltamos para o quarto de Tom, e eu fui guiada por ele direto para o banheiro.
— Quero sua ajuda para tirar minha barba. – Tom pede, pegando uma máquina e uma navalha e outros utensílios.
— Está ficando tão bonitinha...
— Nah... Depois talvez eu deixe crescer. Vou cortar o cabelo também.
— Tommy! Não vou compactuar com isso.
— Amor! Cabelo cresce. Já faz um mês que cortei, e você até foi comigo.
— Eu sei, mas é tão bom ficar passando a mão... – Digo, fazendo bico e alisando os fios que nem estavam tão grandes assim.
— Ok, eu espero mais um tempo.
— Vai cortar quando eu for embora, não é?! Que traição, Thomas William.
