❝ɪ'ᴍ sᴄᴀʀᴇᴅ, ɪ'ᴠᴇ ɴᴇᴠᴇʀ ғᴀʟʟᴇɴ ғʀᴏᴍ ǫᴜɪᴛᴇ ᴛʜɪs ʜɪɢʜ.. ғᴀʟʟɪɴ' ɪɴᴛᴏ ʏᴏᴜʀ ᴏᴄᴇᴀɴ ᴇʏᴇs❞
𝐒𝐎𝐅𝐈𝐀 𝐇𝐎𝐋𝐋𝐎𝐖𝐀𝐘 não costumava ver a vida com positividade. Crescida em um lar tóxico, com pais ausentes e envolta em brigas, havia amadurecido mais cedo...
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N/A: Apenas passando aqui pra distribuir os lencinhos - Não que vá ser um capítulo extremamente triste, mas... É melhor prevenir.
Podem pegar, é livre: 🧻🧻🧻 (imaginem que são lenços ok, emoji de teclado é limitado demais)
Simbora pro capítulo!
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S o f i a
Solto um longo suspiro, imaginando a conversa que teríamos. Sabia que Thomas estava apreensivo pelos exames desde que eu comentei sobre o pedido de testagem hormonal. E eu também estava, é óbvio. Em nenhum desses dias deixei de pensar no quanto tudo iria estar completamente fodido se eu estivesse mesmo grávida agora, mas procuro não demonstrar minha preocupação ou deixar isso tomar conta dos meus pensamentos, caso contrário, fico ainda mais apreensiva e ansiosa, e a minha saúde mental vai pro inferno.
- Queria entender o motivo de ignorar isso sempre. É como se não tivesse medo ou não se importasse. E isso me preocupa! - Ele diz, exasperado e claramente com raiva.
- Não é que eu não esteja preocupada, Tom. Eu só não fico enchendo minha cabeça com isso, como você faz. Nós dois já temos problemas demais pra lidar.
- Ainda bem que sabe. Agora imagina um filho no meio disso tudo? Te toda essa confusão? O quão pior não iria ficar a nossa situação? Consegue imaginar?
- Eu sei que iria, eu sei. Mas você consegue entender que eu não quero me preocupar demais antecipadamente? Que isso vai me fazer mal?
- Não! Sinceramente, eu não consigo! Não é de uma pelúcia que estamos falando, Sofia! É um bebê, uma vida. Uma vida da qual nós dois somos totalmente responsáveis! Porra! - Se exalta, me assustando.
Engulo seco, ouvindo seu tom de voz, e não ouso encolher os ombros, por mais que queira. Thomas ajusta a toalha na cintura e senta na ponta da cama. Eu apenas desvio o olhar do seu, encarando a janela, e cruzo os braços, encostando o corpo na divisória da parede. Não tinha mais vontade alguma de conversar, e ele ainda parecia irritado.
- Você é tão inteligente, não sei como consegue lidar com isso como se não fosse nada. - Diz, indiferente, me encarando.
- Precisa gritar? - Questiono, vendo seu olhar pesado.
- Eu estou preocupado!
- Quero que me responda, William. Precisa gritar comigo? - Pergunto e o vejo erguer as sobrancelhas, talvez por ser tratado pelo segundo nome.
- Não. Claro que não. Me desculpe. Eu só estou com a cabeça cheia, e esse assunto não ajuda nem um pouco.
- Compartilhe comigo. Não precisa carregar nenhum peso sozinho, Tom.
