❝ɪ'ᴍ sᴄᴀʀᴇᴅ, ɪ'ᴠᴇ ɴᴇᴠᴇʀ ғᴀʟʟᴇɴ ғʀᴏᴍ ǫᴜɪᴛᴇ ᴛʜɪs ʜɪɢʜ.. ғᴀʟʟɪɴ' ɪɴᴛᴏ ʏᴏᴜʀ ᴏᴄᴇᴀɴ ᴇʏᴇs❞
𝐒𝐎𝐅𝐈𝐀 𝐇𝐎𝐋𝐋𝐎𝐖𝐀𝐘 não costumava ver a vida com positividade. Crescida em um lar tóxico, com pais ausentes e envolta em brigas, havia amadurecido mais cedo...
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⚠️ Capítulo com fortes emoções. Como de costume. ⚠️
Depois dos destroços,
Depois da poeira,
Eu ainda ouço o uivo,
Eu ainda sinto a pressa.
Sobre os tumultos,
Acima de todo o barulho,
E através de toda a preocupação,
Ainda ouço sua voz.
Então me diga como viver neste mundo,
Diga-me como respirar e não sentir dor,
Diga-me, porque eu acredito em algo,
Eu acredito em nós.
— Us, James Bay
18 de Dezembro, 4 meses depois da despedida...
T h o m a s
As coisas não estavam melhores. Nem um pouco. Desde que Sofia tomou aquela decisão por nós, nossa relação só ficou pior e pior. Não trocamos mais nenhuma mensagem sobre isso desde então. Aliás, não trocamos mais nenhuma mensagem sobre nada que não fosse a gravidez. Ela só me atualizava sobre o nosso filho, e eu respondia. Ela via as mensagens e respondia caso fosse necessário. Se não fosse, só na próxima atualização dos exames.
Eu não estava nada bem com isso, não podia e nem iria mentir, mas respeitava a decisão e o espaço de Sofia. Não podia forçá-la a viver uma relação que ela não queria. Que não estava nos fazendo bem. Não tinha direito algum de forçá-la a nada, na verdade. Só me restava esperar. O problema é que essa espera estava acabando comigo. Eu já não sabia mais o que fazer para distrair minha mente da tristeza e mágoa, e descontava minha raiva na bebida.
Não vivia bêbado, não sou alcoólatra e sei diferenciar as coisas, mas tornou-se bem comum me ver em casa com uma garrafa em mãos. Ou sempre carrancudo e estressado, me enchendo de café. Eu não atribuía a culpa disso a Sofia. Era minha e unicamente minha. Foi a forma que encontrei para lidar com a situação. Não foi a melhor e nem a mais saudável. Nem de longe, mas foi o que consegui.
Jess me aconselhou muito nesse período. Vince e Abel fizeram o que podiam, mas haviam perdido a paciência comigo. Apenas mandavam mensagens de rotina para saber se eu estava bem. Vince me poupava de grandes reuniões na empresa também, mesmo que lá eu mantesse meu comportamento profissional e o humor neutro. Muitas coisas pequenas lá me tiravam a paciência e ele sabia disso.
