❝ɪ'ᴍ sᴄᴀʀᴇᴅ, ɪ'ᴠᴇ ɴᴇᴠᴇʀ ғᴀʟʟᴇɴ ғʀᴏᴍ ǫᴜɪᴛᴇ ᴛʜɪs ʜɪɢʜ.. ғᴀʟʟɪɴ' ɪɴᴛᴏ ʏᴏᴜʀ ᴏᴄᴇᴀɴ ᴇʏᴇs❞
𝐒𝐎𝐅𝐈𝐀 𝐇𝐎𝐋𝐋𝐎𝐖𝐀𝐘 não costumava ver a vida com positividade. Crescida em um lar tóxico, com pais ausentes e envolta em brigas, havia amadurecido mais cedo...
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S o f i a
Domingo, 01:40pm
— Tom! Vamos chegar atrasados!
— Não acho meu outro sapato. — Ele diz, fazendo bico.
— Está embaixo da cama, meu bem. Eu já disse.
— Não está, eu já olhei.
— Se eu for aí e achar, você já sabe, não é?
— Jesus Cristo! — Diz, correndo de volta para o quarto.
Termino de escovar os dentes e deixo minha escova no potinho ao lado da sua. Arrumo o cabelo uma última vez e ajusto o vestido no corpo. Calço o tênis branco e pego a bolsa que estava em cima da cama, encarando Thomas com um olhar de “eu avisei”, enquanto ele calçava o outro par do tênis.
— Você e esses seus poderes... Liz te mandou mensagem?
— Perguntou onde estávamos. Disse que você parou para abastecer.
— Não sei para quê pressa, ela quem marcou de duas da tarde.
— Ah, amor, se você que é o amigo há mais tempo não sabe da ansiedade deles... — Dou de ombros, deixando a frase no ar e ele assente, entendendo e concordando.
Saímos de casa, indo para a Range Rover, que já estava estacionada na frente de casa, e ele começou a dirigir em direção a casa de Liz e Pietro. O casal havia marcado uma recepção de última hora, pois finalmente haviam conseguido adotar o bebê que tanto queriam.
O bebê já havia sido registrado no nome dos dois, e eles quiseram partilhar o momento com os amigos e a família. Tom, ansioso como só ele é, quase chorou para que eu fosse no shopping com ele, para comprar presentes para o bebê. Eu fui, claro. Mesmo que ainda não estivesse tão bem pelos meus exames, quis prestigiar a conquista dos amigos de Thomas. Se algo deixava ele feliz, logo também me deixava feliz.
Nós chegamos na casa as exatas duas da tarde, como o combinado. Tom estacionou na frente, onde já havia uma quantidade considerável de carros, e nós saímos, levando os presentes. Ele tocou a campainha e segundos depois a porta foi aberta por Pietro, que já nos recebeu com um sorriso imenso e um abraço.
— Bem na hora! — Liz comenta, nos abraçando.
— Eu sou extremamente pontual. — Thomas diz e eu sorrio. — Trouxe presentes, onde está meu sobrinho?
— Tem mais uma surpresa. Venham logo antes que eu conte. — Ela pede e nós andamos até o que deveria ser o quartinho.
Estava tudo decorado em um tom neutro de cinza e branco. A cor do ambiente ficava por conta das roupinhas diversas no pendurador exposto e dos brinquedos. O bebê brincava tranquilamente no berço do canto, e Thomas se aproximou, o olhando, recebendo um sorriso do pequeno.
