38 | Capítulo Trinta e Oito

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T h o m a s

Passei as mãos no rosto, nervoso, limpando o suor, enquanto ouvia o sermão de Abel. Tanto por minha clara irresponsabilidade quanto por esconder a suspeita da gravidez de Sofia. Ele sentou novamente na poltrona, respirando fundo, indignado, e eu me controlei para não rir, ou tenho certeza que ele me mataria ali mesmo. Não podia provocar a boa paciência dele.

- Está bem... Eu perdoo seu vacilo, mas vou ser o padrinho do menino.

- Eu não pedi perdão. Muito menos confirmei a gravidez.

- Não precisa pedir, sei que se arrepende. – Diz, convencido, dando de ombros e rindo. – Quando ela vai fazer os exames?

- Na sexta.

- E quando voltam de Paris?

- Quarta. Certeza que eu morro de ansiedade até lá.

- Já pode escolher o nome da criança. Theo é bonito. Elisa também.

- Falando assim, você vai me matar.

- Só estou falando a verdade. Quantas vezes fizeram sem preservativo?

- Mais do que com.

- E quantas vezes foi dentro?

- Todas? Para de coisa, Abel. Ela usava diu.

- Ah é? Jess também usava diu quando engravidou e perdeu o bebê. Lembra, gênio?

Ele fala baixo, quase num sussurro, como se a Jess pudesse escutar. Sabia que esse assunto ainda era muito vívido para eles, mesmo já fazendo cerca de quatro anos que tudo aconteceu. Pensar e lembrar disso me deixava triste também.

- Filho é coisa séria, Tom. Sei o quanto estão caidinhos um pelo outro, dá pra perceber, mas olha por cima. Olha a situação de vocês, cara! Se as coisas não se resolverem do jeito certo, o trauma pode fazer Sofia perder o bebê, se ela estiver grávida. E eu, como alguém que já perdeu um filho, não quero que ninguém sinta o desespero e a sensação de incapacidade que eu senti. Principalmente se a pessoa for você.

- Eu sei. E eu admito nossa irresponsabilidade. Mas agora não podemos fazer mais nada a respeito, entende? Já aconteceu. E é por isso que eu tenho tanto medo de contar para Sofia sobre o pai dela.

- Já sabe como vai contar?

- Estou contando aos poucos. O choque é menor. - Explico, e vejo Abel assentir.

- Me conta o resultado do exame quando souber.

- Se ela não quiser contar pessoalmente...

- Sabe que a Jess vai te matar, não sabe? Ela odeia segredos.

- Eu imagino, mas não quero espalhar notícia e acabar dando falsas esperanças.

- Imagino que não. Mas se certifique que ela bebeu ao menos uma cerveja quando for contar, ok? Ela fica mais compreensiva quando bebe.

𝐎𝐂𝐄𝐀𝐍 𝐄𝐘𝐄𝐒 ꩜ tom hiddleston (✓)Onde histórias criam vida. Descubra agora