❝ɪ'ᴍ sᴄᴀʀᴇᴅ, ɪ'ᴠᴇ ɴᴇᴠᴇʀ ғᴀʟʟᴇɴ ғʀᴏᴍ ǫᴜɪᴛᴇ ᴛʜɪs ʜɪɢʜ.. ғᴀʟʟɪɴ' ɪɴᴛᴏ ʏᴏᴜʀ ᴏᴄᴇᴀɴ ᴇʏᴇs❞
𝐒𝐎𝐅𝐈𝐀 𝐇𝐎𝐋𝐋𝐎𝐖𝐀𝐘 não costumava ver a vida com positividade. Crescida em um lar tóxico, com pais ausentes e envolta em brigas, havia amadurecido mais cedo...
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T h o m a s
Eu não estava bem. Havia passado o dia inteiro de trabalho perturbado com algo, mas não fazia ideia do que era. Não conseguira parar nem um segundo para pegar o celular. Nem mesmo horário de almoço eu havia tirado, pois tinha mil e uma coisas para fazer hoje e evitar a necessidade de trabalhar amanhã.
Minha cabeça doía de fome e preocupação e eu já me sentia exausto física e mentalmente. Não aguentava mais esperar para ver Sofia. Estava preocupado com ela, e com essa sensação de aperto que não largava meu peito. Não sabia se realmente existia algum motivo ou se era o medo de deixá-la sozinha.
— Tom! Acho que finalizamos tudo. – Ouço Vince dizer, na porta da minha sala, e o encaro.
— Graças a Deus. Leu o relatório?
— Inteiro. Está ótimo.
— Certo... Vou arrumar minhas coisas então.
— Vá. Sofia deve estar com saudade. – Ele brinca e eu sorrio. – Quando se liberar aí pode fechar a sala e ir, eu também já estou saindo.
— Ok...
Finalizo os arquivos, passando tudo para o drive corporativo, guardo o notebook na bolsa, pondo-a nas costas. Desligo o monitor e o PC assim que termino de enviar tudo, e apago as luzes da sala. O caminho da minha sala até o carro é uma pequena tortura. Todas as tentativas de chamadas para o celular de Sofia foram em vão, me deixando ainda mais preocupado.
Ligo o carro, a fim de chegar logo em casa, mas a decepção é ainda maior ao sair da empresa. O trânsito estava caótico. Completamente parado, e difícil de encaixar o carro na via. Uma chamada no celular chamou minha atenção. Achava que era Sofia, mas o número desconhecido na tela do aparelho me desestimulou.
— Tom Hiddleston falando. – Atendo, conectando o aparelho ao viva voz do carro.
— Thomas... Já reconhece minha voz ou eu preciso me apresentar?
— Desculpe, não faço ideia de quem é.
— Marshall. Seu irmãozinho.
A voz dele me deixa enojado, nervoso e traz de volta aquela sensação de perigo iminente e de que algo ruim vai acontecer.
— O que você quer?
— Sua ajuda.
— O que você fez? — Corrijo minha frase.
— Muitas coisas, Thomas. Mas acho que você já sabe.
— Então desembucha. O que você quer?
— Você deve conhecer a Marina Harris, não é? Uma mulher gentil, carinhosa, bem bonita até.
