❝ɪ'ᴍ sᴄᴀʀᴇᴅ, ɪ'ᴠᴇ ɴᴇᴠᴇʀ ғᴀʟʟᴇɴ ғʀᴏᴍ ǫᴜɪᴛᴇ ᴛʜɪs ʜɪɢʜ.. ғᴀʟʟɪɴ' ɪɴᴛᴏ ʏᴏᴜʀ ᴏᴄᴇᴀɴ ᴇʏᴇs❞
𝐒𝐎𝐅𝐈𝐀 𝐇𝐎𝐋𝐋𝐎𝐖𝐀𝐘 não costumava ver a vida com positividade. Crescida em um lar tóxico, com pais ausentes e envolta em brigas, havia amadurecido mais cedo...
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S o f i a
Já arrumados, saímos e Tom trancou a porta, pondo a chave no bolso. Andamos sem pressa até a casa ao lado, ouvindo um som baixo tocar lá dentro. Tom tocou a campainha e aguardamos a porta ser aberta por Marina, que não demorou.
- Como estão lindos! - Ela comentou, nos cumprimentando rapidamente e abrindo passagem para dentro.
- Obrigada. Você também está, adorei o vestido. - Disse, tentando ser simpática.
Marina não era uma mulher velha. Aparentava ter a idade da minha mãe, mas com um corpo bem bonito e natural, diferente de mamãe que já estava cheia das plásticas e cirurgias exageradas. Ela usava um vestido preto, de manga média, um pouco justo mas bem-arrumado e saltos baixos. Nós entramos e Tom lhe estendeu a garrafa gelada de vinho.
- Chateau Sauvignon, 1894. Espero que goste.
- Não sabia que apreciava vinhos, Sr Hiddleston.
- Por favor, Thomas. E sim, aprendi com o meu pai, ele era sommelier, então.. - Explica por alto, dando de ombros.
- Que interessante! Venham, sentem, já vou servir tudo.
- Quer alguma ajuda? - Pedi, e ela sorriu com a proposta.
- Sim, claro..
Tom sentou na mesa da sala de jantar e eu a acompanhei até a cozinha. A planta da casa era simples, mas bem diferente da de Thomas. Me fazia pensar que talvez ele tivesse contratado algum arquiteto pra moldá-la..
Ajudei Marina a por as coisas na mesa e ela separou cinco pratos, coisa que achei estranho mas preferi não comentar. Quando terminamos tudo, ouvi a porta abrir e logo fechar, e duas vozes masculinas na sala.
- Leve esses copos pra mim querida. Já vou tirar o gnocchi.
Como pediu, levei os copos até a sala e assim que entrei, vi Fred, o filho esquisito de Marina cumprimentar Thomas junto com outro rapaz, tão novo quanto ele.
- Olá, meninos! - Marina disse sorridente pra o filho. Trazia consigo a última travessa de comida.
Sentei ao lado de Thomas e levei minha mão até a sua nuca, brincando com os curtos cabelos dele, vendo-o sorrir docemente pra mim. O tal outro menino que estava com Fred foi apresentado como Gabriel, ou Gab. Sobrinho de Marina que havia vindo ajudar com algumas coisas da faculdade de Fred.
Marina iniciou o jantar, começando à se servir e Tom serviu meu prato primeiro, perguntando à cada segundo se a quantidade estava boa, depois se serviu. Nós comemos, conversando sobre trabalho, faculdade e eu desviava sutilmente de perguntas sobre família. Não queria entrar nessa conversa, e ela fazia perguntas demais.
Volta e meia Thomas pousava a mão na minha coxa, despretensiosamente, eu acho. Ele estava agindo um pouco diferente, mais atirado, e eu gostava disso.
