❝ɪ'ᴍ sᴄᴀʀᴇᴅ, ɪ'ᴠᴇ ɴᴇᴠᴇʀ ғᴀʟʟᴇɴ ғʀᴏᴍ ǫᴜɪᴛᴇ ᴛʜɪs ʜɪɢʜ.. ғᴀʟʟɪɴ' ɪɴᴛᴏ ʏᴏᴜʀ ᴏᴄᴇᴀɴ ᴇʏᴇs❞
𝐒𝐎𝐅𝐈𝐀 𝐇𝐎𝐋𝐋𝐎𝐖𝐀𝐘 não costumava ver a vida com positividade. Crescida em um lar tóxico, com pais ausentes e envolta em brigas, havia amadurecido mais cedo...
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T h o m a s
O toque do celular me desperta, e eu tomo cuidado em mutar a ligação antes que acorde Sofia. Vejo o nome de Abel na tela e ando até o banheiro, trancando a porta atrás de mim e indo até o box, fechando o vidro. Quanto menor a chance de Sofia ouvir algo, melhor.
- Fala. - Peço, me sentando no banco de mármore, ainda sonolento.
- Fala você, acabei de ver sua mensagem. O que aconteceu?
- Descobri uma coisa e preciso tomar uma decisão. É referente ao Marshall, Sofia e minha vizinha louca. Que não é tão louca assim.
- Vou tomar café e chego aí em uma hora.
- Traz a Jess, preciso de alguém pra distrair a Sofia.
- Ok. Não demoro.
- Conto com isso.
Desligo a chamada e saio do box, observando minhas olheiras se formando em torno dos meus olhos. Assim que abro a porta do banheiro, Sofia dá uma curta batida, como se estivesse acabado de chegar ali, e entra no cômodo, quase como algo cronometrado, e corre para a privada, levantando a tampa com pressa. Milésimos de segundos se passam até que eu ouça os sons de sua garganta regurgitando tudo o que ingeriu ontem pela noite.
Me aproximei dela, segurando seu cabelo para trás e agachando próximo ao seu corpo. Massageei suas costas, preocupado com o seu estado, e a ouvi soltar um grande suspiro antes de voltar a vomitar.
Sofia agora estava sentada no chão, talvez já estivéssemos há uns cinco ou dez minutos aqui, em silêncio. Ela não me olhava, apenas mantinha os olhos fechados, respirava devagar controlando o enjoo e quando sentia algo, voltava o rosto para o vaso.
- Quer levantar? - Pergunto, percebendo-a mais calma. Ela apenas assente e eu seguro seus braços por trás de seu corpo, lhe apoiando em mim.
Andamos juntos até a pia, onde ela fez um bochecho com enxaguante e depois escovou os dentes. Fiz o mesmo após garantir que ela estava bem apoiada na pia, e logo voltamos ao quarto. Sofia deitou e cobriu o corpo com a manta, enquanto eu peguei a roupa de ontem em meio aos lençóis e vesti e calcei meu par de chinelos.
- Babe? Está com fome? - Pergunto, sentando ao lado dela. Ela murmura e assente, ainda por baixo das cobertas.
- O que quer comer?
- Sanduíche. - Fala, com a voz baixa e rouca, quase sem forças.
- Vem comigo, me ajuda a fazer. - Peço, a fim de tirar ela dali. O medo de que ela passasse mal e não pudesse me chamar era maior que tudo.
- Não quero mais.
- Sofia.
- Thomas.
- Diane. - A chamo pelo segundo nome. Ela tira a coberta da cabeça, me encarando com um olhar engraçado e eu não controlo o riso.