❝ɪ'ᴍ sᴄᴀʀᴇᴅ, ɪ'ᴠᴇ ɴᴇᴠᴇʀ ғᴀʟʟᴇɴ ғʀᴏᴍ ǫᴜɪᴛᴇ ᴛʜɪs ʜɪɢʜ.. ғᴀʟʟɪɴ' ɪɴᴛᴏ ʏᴏᴜʀ ᴏᴄᴇᴀɴ ᴇʏᴇs❞
𝐒𝐎𝐅𝐈𝐀 𝐇𝐎𝐋𝐋𝐎𝐖𝐀𝐘 não costumava ver a vida com positividade. Crescida em um lar tóxico, com pais ausentes e envolta em brigas, havia amadurecido mais cedo...
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S o f i a
Já estava há dois meses morando em Londres. Havia me readaptado bem a cidade, e com a prática, já começava a dirigir melhor. Era diferente estar do lado direito, mas aos poucos eu começava a me acostumar. Em dezembro, meus dias foram totalmente reservados para descansar. A transição do quinto para o sexto mês não me fez bem e os enjoos voltaram om força total.
Já no final de janeiro e agora no início de fevereiro, eu havia começado a residência no St Thomas’ Hospital, quase no final de Westminster. Estava no cargo de pediatra, ocupando uma vaga entre quatro médicos. Por ser recém-formada, estava sendo apresentada pouco a pouco as atividades que teria, e faria a minha especialização aqui.
Hoje, 9 de fevereiro, era aniversário de Thomas. Era uma segunda, e eu tinha sorte de que ele iria trabalhar o dia todo. Já havia combinado com Jess e Abel toda a festa surpresa, e pedira para Vince segurar ele no trabalho o máximo possível. Dei sorte de que eles teriam uma reunião superimportante mais tarde e provavelmente tiraria mais uma hora de Tom.
Eu terminei toda a papelada do dia, havia atendido três pacientes hoje, e já organizava tudo na minha pasta para poder sair. Deixei os exames feitos na gaveta e desliguei o monitor e o computador. Guardei o celular e peguei a pasta de próximas consultas de retorno. Saí da sala após desligar o ar central e as luzes, tirando o papel com o meu nome e deixando para a médica que daria plantão na emergência hoje à noite.
— Largou, loirinha? — Agnes, minha chefe, perguntou, com dois copos de café em mãos.
— Já. Tudo certo para amanhã?
— Sim, sim. Scarlett vem após a consulta, a Sophia dela está quase nascendo.
— A barriga dela está enorme.
— É... A sua também não fica para trás. Nina está pretendendo vir quando?
— Por volta de quinze a vinte de abril. Ainda não sabemos.
— E já está com essa barriga toda? Acho que ela vem mais cedo.
— Tomara. O peso já está insuportável.
— Os últimos meses realmente são os piores. Bom, você já largou, está com a vida ganha. Eu vou ganhar a minha. Até amanhã, loirinha!
— Até amanhã, chefe!
Peguei a bolsa e andei até o carro. Thomas já havia vendido o Alfa Romeo, mas até então não havia comprado outro carro. Ele usava o Rolls-Royce Cullinan para ir trabalhar, e eu usava o Jaguar F-Pace. Ambos eram SUV e confortáveis, agora que estávamos pensando mais em nós e na bebê. E por querer mais filhos no futuro, Tom já pensava em outro SUV também.
Dirigi até o mercado próximo à casa de Thomas e comprei todos os ingredientes do bolo, e um sorvete do sabor favorito de Thomas. Flocos. Comprei algumas coisas que faltavam em casa, e salgadinhos e doces. Paguei tudo e continuei dirigindo de volta para casa. Assim que cheguei, avisei a Jess e a Fred, e logo ouvi a campainha da casa.
