❝ɪ'ᴍ sᴄᴀʀᴇᴅ, ɪ'ᴠᴇ ɴᴇᴠᴇʀ ғᴀʟʟᴇɴ ғʀᴏᴍ ǫᴜɪᴛᴇ ᴛʜɪs ʜɪɢʜ.. ғᴀʟʟɪɴ' ɪɴᴛᴏ ʏᴏᴜʀ ᴏᴄᴇᴀɴ ᴇʏᴇs❞
𝐒𝐎𝐅𝐈𝐀 𝐇𝐎𝐋𝐋𝐎𝐖𝐀𝐘 não costumava ver a vida com positividade. Crescida em um lar tóxico, com pais ausentes e envolta em brigas, havia amadurecido mais cedo...
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⚠️ Aviso de gatilho: paternidade tóxica, agressãoverbal, abuso psicológico, agressão física. Aos sensíveis, por favor, cuidado. ⚠️
— Você ao menos está certo em algo. Fred é meu filho, sempre vai ser meu. Você nunca o quis e deixou isso bem claro quando me deu aquele dinheiro para abortar e sumir da cidade.
— O que está acontecendo aqui?
『••✎••』
S o f i a
Fred estava parado na porta de casa, vestindo a farda da farmácia e com uma bolsa no ombro. Ele desviou de meu pai, encarando-o com certa perplexidade e curiosidade, e ficou ao lado de Marina, de forma protetiva. A tensão estava instalada no corpo de cada um ali, de uma forma diferente, eu podia sentir.
— Então esse é o menino? Fred, não é?
— Sou eu. E você, quem é?
— Bom, sua mãe diz que eu sou seu pai, Fred. Acredita nisso? — Ele questiona cínico, sorrindo.
— Não. Eu não tenho pai.
— Que bom que é inteligente.
— Aquilo é verdade? Você deu dinheiro para que ela abortasse a criança e sumisse?
— Não vai acreditar nisso, vai? Não seja ingênua, Sofia.
— Eu fui ingênua quando acreditei por toda a minha vida que o que você fazia comigo era cuidado, era proteção.
— E era!
— Não, não era. Você me proibiu de viver, desde o início. Me proibiu de ser feliz!
— Eu só não queria que você se envolvesse com esse tipo de gente.
— Mais uma mentira. Você não queria era que eu descobrisse a verdade que tanto quis esconder.. O quanto você é um homem podre, que não vale o chão que pisa, a roupa que usa.
— Sofia, eu sou seu pai e exijo respeito!
— Vá se foder! Você pode morrer, apodrecer no inferno! Você pode ter sido meu pai, pode ter me criado sim, mas não será mais do que isso pra mim. Nunca será mais do que um peso na minha história. Na de Marina, de Thomas. É só pra isso que você serve.
— Sua pirralha, você não-
— Não ouse. — Marina se põe na frente dele, o impedindo de entrar. — Você sabe bem o que fez, Marshall. No fundo, você sabe, e é por isso que correu tão desesperado para cá. Você está com medo de perder sua vidinha, seu trabalho de merda, e todo mundo pode ver isso, mas já acabou. Eu arruinei você, da ponta do pé até o seu último lapso de consciência. E você nem faz ideia.
