❝ɪ'ᴍ sᴄᴀʀᴇᴅ, ɪ'ᴠᴇ ɴᴇᴠᴇʀ ғᴀʟʟᴇɴ ғʀᴏᴍ ǫᴜɪᴛᴇ ᴛʜɪs ʜɪɢʜ.. ғᴀʟʟɪɴ' ɪɴᴛᴏ ʏᴏᴜʀ ᴏᴄᴇᴀɴ ᴇʏᴇs❞
𝐒𝐎𝐅𝐈𝐀 𝐇𝐎𝐋𝐋𝐎𝐖𝐀𝐘 não costumava ver a vida com positividade. Crescida em um lar tóxico, com pais ausentes e envolta em brigas, havia amadurecido mais cedo...
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T h o m a s
Acordar abraçado à Sofia já havia se tornado um costume. Um vício, eu diria. Todas as manhãs eu sentia seu corpo atrelado ao meu nas duas posições de sempre. Ou estávamos de conchinha, e o meu braço que ficava por baixo sempre estava dormente, ou ela estava deitada no meu peitoral, me usando como um travesseiro. Nas duas ocasiões, seu cabelo ficava próximo ao meu nariz, e eu sempre acordava sentindo o aroma de flores e frutas. E posso dizer que estava bastante viciado no seu cheiro. E em tê-la próxima à mim.
Ter Sofia nos meus braços me fazia sentir poderoso, e ao mesmo tempo ter medo. Era como se eu segurasse a flor mais linda, delicada e rara em todo o mundo, e eu tinha que tomar todo o cuidado com ela. Minha menina é frágil, mas ao mesmo tempo é tão durona, tão experiente... Me deixa confuso. Mas eu estou tão caído por ela...
- Bom dia, meu amor. - Ela deseja, com a voz suave e ainda sonolenta. Eu sorrio bobo pelo apelido e abraço ainda mais seu corpo.
- Bom dia, minha princesa. - Desejo, e ela se vira pra mim sorrindo. - Dormiu bem?
- Como um anjo. E você?
- Eu estava com você, tem como ser ruim?! - Digo e ela sorri ainda mais. - Vamos tomar café? Vince pediu para encontrar ele às dez no píer.
- E que horas são?
- Nove em ponto.
- Ok, mas eu preciso de um banho primeiro.
- Você quem manda, patroa.
Carreguei Sofia no braço até o banheiro do nosso quarto. Tiramos nossas roupas e ela me puxou para o box. Mais um vício para a lista: tomar banho juntos. Mais uma vez eu lavei seu cabelo, e assim que terminamos o banho, nos secamos juntos e voltamos ao quarto. Eu vesti uma roupa quente e confortável e preparei uma bolsa pequena com duas trocas de roupa e trajes de banho, como Vince pediu. Pus meus documentos e coisas importantes e pedi os de Sofia. Com tudo pronto, saímos do quarto e subimos para o andar de refeições.
Sofia deixou a nossa bolsa numa mesa próxima à janela e nós fomos pôr o café. Ela montou um prato rápido e foi direto sentar, supostamente não estava com fome, o que eu estranhei muito. Eu fiz o meu, e estava pondo o café quando senti uma mão tocar minhas costas. Olhei pra trás, segurando o máximo que pude uma feição surpresa. Mas que inferno!
- Thomas! Que surpresa boa!
Queria poder dizer o mesmo...
- Oi, Isabel. - A cumprimentei apenas por educação.
- O quê faz aqui?
Não te interessa.
- Férias. - Me limito à dizer.
- E onde está aquela loirinha? Lembro bem dela quando fui...
- Quando foi inconveniente. - Falo, mais rápido do que meus neurônios processam. - Seja direta, Isabel. O quê você quer?
