Capítulo 02

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Francine Collins

    Entrei com receio , eu estava com muito medo de cair e não ter a chance nem de começar a entrevista. Assim que fechei a porta e me virei , meus olhos encontraram um par de olhos verdes penetrantes que me encaravam sério. Alyssa não tinha me falado que seu chefe era tão gostosão... Aí minha pressão.

    Seus cabelos eram castanhos e lisos , sua postura era firme , confiante , ele era aparentemente forte e muito alto , pois a sua camisa social aperta os seus músculos do braço , consigo ver suas veias saltando do seu braço a mostra o que o deixou ainda mais atraente e seus olhos verdes eram indecifráveis ...

   Juro que imaginei uma pessoa de mais idade , igual os meus outros chefes barrigudos e assanhados.

   Acho que o observei por tempo demais e fiquei vermelha assim que ele fez um barulho com a garganta notando que até agora não dei nenhum passo a diante.

Droga Francine , não deixa tão na cara assim - meu subconsciente falou.

    Me aproximei devagar, calculando cada passo dado , não podeira cair na frente desse Deus grego , seria o maior mico da minha vida e Alyssa me zoaria por toda a eternidade.

  Ele me observava ainda com a expressão séria , sinto minha pele se arrepiar apenas com o seu olhar queimando a minha pele.

Que droga!

Sinto um formigamento no meio das minhas pernas , a presença dele deixa tudo tão quente e inquietante , a sensação ainda é nova para mim o que deixou minhas bochechas vermelhas.

   Me sentei na cadeira confortável que ele indicou com as mãos e suspirei fundo entrelaçando minhas mãos suadas uma na outra , estou muito nervosa . Meu peito subia e descia.

   Não conseguia olhar em seus olhos que ainda me encaravam , observei cada canto da sua sala para não ter que olha-lo diretamente . As paredes eram em cor escuras , sua mesa muito bem organizada , a direita tinha mais uma porta e a esquerda tinha um pequeno quiosque cheio de whisky caríssimos e vinhos.

    Minha tia me disse que desde pequena tenho o dom de sentir quando uma pessoa está mal. Eu tinha 9 anos quando salvei a vida de um homem que estava prestes a cometer suicídio , me lembro de tudo até hoje.

   Estava andando na praça com minha tia quando vi um homem sentado chorando , senti um aperto enorme no coração e uma necessidade enorme de falar com ele , soltei da mão da minha tia e o abracei fortemente. Ele chorou e disse que o meu abraço era tudo que ele precisava para não tirar sua própria vida.

Desde então ele me chama de minha " luz". Nos tornamos grandes amigos!

   E aqui eu tenho a mesma sensação de anos atrás. Ele parece ser um homem muito confiante por fora e extremamente solitário por dentro. Contive minha vontade de ir abraça-lo e dizer que tudo vai ficar bem , pois não sou mais uma garotinha de 9 anos.

Bem capaz dele me expulsar da sua sala!

Ele era bastante mau educado , nem ao menos me deu bom dia.

Poxa!

- Francine Collins — falou olhando no meu currículo e fazendo uma careta logo em seguida , poxa meu currículo é tão ruim assim ? -— 23 anos , foi demitida recentemente , não tem nenhuma experiência com crianças — falou lendo somente as informações ruins , percebi que o objetivo dele era me intimidar para que eu demonstrasse alguma fraqueza para ele — Já vi currículos bem melhores , Srt. Collins — Enfim me encarou nos olhos , ele parecia me ler , oque me deixou bastante insegura — Espero que você me diga algo bastante convincente para ser contratada! — mordo meu lábio com força para não dar uma resposta nesse mal educado. Ele é totalmente sem enrolação — Por que eu te contrataria para ser babá das minhas filhas e não as outras centenas de mulheres que entrevistei? — perguntou de uma vez.

 MINHA DOCE PERDIÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora