Uma família por acaso

Cap.69

* Fernanda

Assim que o Rafa saiu, eu fiquei em casa dormindo com a garotada. Três dias se passaram e a Sôfi só ficava perguntando pelo o Rafa. Na primeira noite que ele não estava mais aqui, levei horas pra fazer ela dormir. No trabalho todos me perguntavam por ele.
Após quase uma semana de sua saída, eu cheguei em casa do trabalho e subi
pro meu quarto.

Tomei meu banho e desci pra cozinha. assim que comecei a fazer a janta, lembrei do Rafa. Toda vez que eu chegava da empresa e ia cozinhar, ele sempre aparecia na cozinha. Sentado à mesa, ficava me observando. Aquilo me irritava, principalmente quando ele começava me provocar.

Mas assim que olhei pra mesa, ela estava vazia, isso me encomodou. Ele ligava pra mim dia sim, dia não. E preocupado, sempre perguntava pelas crianças. Quando fez uns dez dias, ele mandou uma mensagem pela madrugada, que eu só vi no outro dia. Quando li, minha reação foi responder
á altura.

Lembro do nosso segundo final de semana sem ele. A turminha não sabia muito o que fazer, e pra falar a verdade nem eu. Foi aí que eu lancei a proposta de irmos pra algum lugar.
- O que acham de irmos novamente
ao parque?_ Perguntei.
- O máximo! _ Diz sôfi.

Nos organizamos e saímos em direção ao parque. No caminho, a sôfi pediu pra ligar o rádio, e estava passando a mesma música que o Rafa pois pra gente quando estava em tempestade e eu fui dormir com ele. Eles começaram a cantar e eu confesso que tentei, mas não saía nada.

Já no local, a gente saiu de mãos dadas. Eu e a Lara, o Gui e a sôfi. Eles rodaram em alguns brinquedos e eu apenas observei. Na volta, ainda no carro, a sôfi começou a dizer que não foi tão legal sem o papaizinho dela. Todos ficamos em silêncio, e embora a garotada não confirmase, eles estavam morrendo de saudades.

Eu sempre fui a " mãe" chata, maluca e a que dá bronca. Porém o Rafa é um "paizão" que sempre sede às vontades deles, além de ser carinhoso e paciênte. Assim que cheguei em casa, dei banho na sôfi e a pus pra dormir. Tomei um relaxante banho em minha incrível banheira e depois me deitei. Bolei de um lado para o outro, e nada de dormir.

Olhei para o teto e comecei a refletir sobre várias coisas. Uma delas era como eu faria pra me desapegar daquela galerinha, que de alguma forma me conquistaram.
Pensei em tudo que a gente viveu depois que chegamos, e em como eu me sentia alegre de ficar com eles, passear e fazer uma
porção de voisas.

Naquela noite o sono me roubou e nem vi. No dia seguinte eu saí pra trabalhar, assim que voltei me arrumei pra ir a academia com a Taila. Me olhei no espelho para vê se minha legy preta, e uma blusa branca tinham ficado bom. Desci a escada e a sôfilogo me olhou, e já perguntou pra onde eu iria.

Deixei ela com a Lara e fui no carro da Taila. No caminho, ela me olha e analisa.
- Você deve tá morrendo de saudades
do Rafa.
- Eu? Nam. Quer dizer... sim, muita.
- Foi o que eu notei,sua expressão corporal lhe entregou. você está mais inquieta que o normal.

- Notou é?
- Isso mesmo.
Ficamos conversando até chegar em nosso destino. Comecei a malhar, depois
retornamos  pra casa.
-  Como foi?_ Diz Gui assim que cheguei.
- Exaustivo. Mas libertador.
- Acho que da próxima eu vou.
- Não será má ideia.

* Rafael

Levantei cedo e me arrumei para mais um dia na minha empresa. Peguei um dos meus seis carros que estavam na garagem e saí de casa.  No momento em que eu cheguei, vi Diego na entrada conversando com a recpcionista. Assim que ele me viu, tentou se esconder
o máximo.