Uma família por acaso

cap.13

*Fernanda

Nosso sábado foi bem agitado. Cheguei na minha nova casa e fiquei Maravilhada. Era tudo perfeito, tudo como sempre sonhei. A casa só tinha cinco quartos e eu escolhi o meu de frente para o da sôfi, na verdade todos os quartos ficavam naquele corredor.

Depois que descemos do andar de cima, percebi que todos estavam com fome. E por mais que eu não fosse a mãe de verdade, não podia deixá -los com fome. Decidi abrir o armário e ver o tinha. Peguei os pães de fôrma para fazer sanduíches, peguei também batatas que já estava no ponto apenas para fritar. Fui até a geladeira e peguei uma coca cola.

Como eu era recem chegada ali, eu não sabia aonde ficava as coisas, no entanto fiz o que pude. Eles chegaram e sentaram todos à mesa, e então ficaram me encarando. Na hora eu me estressei, por que eu já tinha apontado para o lugar que estava a comida, mais por algum motivo que eu não sei qual foi eles continuavam todos ali, sentados.

Depois do jantar subir para tomar um banho, coloquei meu pijama e mechi um pouco no meu telefone. Olhei para o relógio e já era exatamente as 22:00h. Decidi ver como  estava aquela turminha. Abri a porta do meu quarto e me deparei com Rafa saindo do quarto da sôfi com uma expressão facial que eu não podia decifrar.

Depois de confirmar que todos já tinha ido para os seus quartos, fui para o meu também.
Na manhã seguinte eu acordei meio quebrada pelo dia anterior, levantei e fiz o meu higiene.

Estava preparando o café da manhã quando o Rafael chega na cozinha e fica me olhando.
- Fernanda tio Will convidou a gente para um churrasco na casa dele hoje.
- tudo bem, só que a gente não tem transporte, e tem a criança pequena.
- por isso mesmo que o tio deixou com a gente um dos seus carros.
- sendo assim. Dei de ombros.

Não durou muito para a turminha está toda na cozinha para o café da manhã. Comeram e logo foram se arrumar. Peguei sôfi para dar um banho e vesti nela uma calça de tecido e uma blusa linda azul claro com desenhos na frente.

Eu escolhi um macacão curto ombro a ombro e uma sapatilha nude, enquanto Rafael uma bermuda azul e uma camisa lisa branca. Estávamos todos prontos. Rafael pegou uma caixinha e tirou dela duas alianças, que me deu uma em seguida.

Entramos no carro e saímos em direção ao nosso almoço. Chegamos na casa e fomos apresentados para a família de Will. Após um tempinho o almoço está pronto, e eu levanto para pegar sôfi de um tombo no chão.

- Oh Rafa você pode pegar a comida da Sofia.
- claro amor. Demostrei está contente, mais por dentro eu tava com raiva.

Após comermos, Rafael senta ao meu lado e coloca sua mão sobre a minha. Sôfi se aproxima e senta no meu colo.

- papai posso ir banhar na piscina ?
- pedi para a sua mãe. Ela me olha.
- mãe você deixa?
- você não está com roupa de banho, além disso você acabou de comer.
- por favor?
- Nada disso mocinha.

O tempo vai passando, e nós ficamos ali comendo e sorrindo. Rafa decidi beber um pouco, mais eu não quis arriscar Por conta da turminha. Will e Taila se aproxima de nois, e senta a nossa frente.

- O que acharam da nova casa?Rafael me encara como se também estivesse esperando  minha resposta.
- ah, é incrível, amei toda a decoração.
- Escolhemos aquela casa justamente por causa da banheira de massagem na suíte de casal. sabemos como é ser pais e não ter tempo para curtir, mais pelo menos à dois vocês podem. Disse Taila.

- estamos gratos por isso, muito obrigado. Quanto a banheira Taila, não se preucupe pois saberemos exatamente aproveita-la.
      Rafa diz olhando para mim com um enorme sorriso nos lábios.

- Agora Rafa conte pra gente sobre sua história com Fernanda.

- A gente se conheceu no ensino médio, bom pelo menos eu, Fernanda estava concluíndo o fundamental e eu o médio. Houve uma festa com o pessoal da escola e lá a gente se conheceu, ficamos, e depois não nos falamos mais.

- É verdade, eu tinha apenas 14 anos na época, e só descobri que estava grávida quando o ano escolar encerrou. Mais o que eu poderia fazer, a única coisa que eu sabia do Rafa era seu nome, e eu morava em um orfanato. Então eu me desesperei, pensei até em aborto mais a conselheira do abrigo juntamente com a psicóloga me ajudaram a encarar isso com mais facilidade. Então comecei o ensino médio com 4 meses de gravida, e sabia que seria um ano difícil por conta disso, mais fui perseverante. Todos me olhavam curiosos, até mesmo o Rafa que esperava por detalhes da minha mirabolante história fictícia.

- Mais iaí como ficou? Taila pergunta.
- Bom, em um dos primeiros dias de aula vi o Rafa sair da secretaria com o seu certificado de conclusão em mãos. Era a minha oportunidade então não exitei, o chamei em particular e contei a ele, que me olhou surpreso e duvidoso. Ele então queria a prova e pediu o DNA. Eu aceitei, mais recusei a fazer estando grávida. Os dias passaram e eu já tinha meus 15 anos, e de alguma forma a maternidade foi me encantando. Não demorou muito a chegada do meu garotão, nasceu prematuro com apenas 8 meses de gestação. Eu era muito nova, e não dava conta nem de mim, mais no momento em que ouvi o choro mais lindo do Gui e o peguei no colo, isso ali foi mágico, e naquele instante eu tive a certeza que não estaria mais só, e que seria eu e Guilherme contra o mundo. Quando disse tudo aquilo uma lágrima caiu dos meus olhos, acho que lembrei do olhar dos meus dos meus pais adotivos e de todo amor que recebi deles.

Guilherme me olhava diferente, com um olhar que eu nunca tinha visto antes. Seus olhos estavam vermelhos apesar de não ter lágrimas. Diferente ao de Taila que se emocionou pra caramba. Todos continuavam me olhando, e pra cortar aquele clima pesado, sequei a única lágrima que escorregou de cada um dos meus olhos e decidi continuar.

- Enfim, não foi fácil no início, mais tive muita ajuda e como sou uma boa garota aprendi muito rápido. Fiz o teste do Gui e apenas confirmei para o Rafa o que eu já sabia.

- É, eu fui egoísta confesso, mais quando vi o DNA eu fiz o que pude. Os tirei do abrigo e os coloquei em um apartamento. Dava pensão e sempre que pudia dava uma passadinha para ver como ele tava, afinal eu morava em outra cidade e tinha uma empresa pra erguer, decidi não contar nada pra ti, tio Will, já tinha feito bobagens demais, não queria que soubesse disso, então só lhe contei após muitos ano. Falou Rafa.

- verdade, eu nunca cupei Rafa por nada,nem mesmo quando ele duvidou sobre o Gui, hoje em dia é comum o golpe da barriga, ainda mais quando se trata de um milionário. na verdade ele foi muito prestativo, e apesar de sua ausência demonstrou sempre ser esse paizão. Eu e Gui o admiramos por isso. Ao falar isso pisquei para o Rafa, que logo em seguida tomou a palavra.

- Como Fernanda disse eu era ausente mais sempre ia visita-los. E em uma dessas visitas  a gente ficou novamente, e foi aí que veio a 2° gravidez. Guilherme já tinha seus 2 anos quando a Lara nasceu, e ficou meio com ciúmes, mais amava sua irmãzinha. O tempo foi passando e eu me aproximei mais ainda, não conseguia ficar longe daquela turminha.
Então quando Lara tinha um pouco mais de 4 anos eu e fê começamos a morar juntos, sem compromisso de casamento, apenas pra ver como seria, e estamos aqui até hoje.

- É uma linda linda história, estou impressionado. Disse will após dá um gole em sua bebida. - Realmente, não há o que dizer, é simplesmente, UAU!!!.completa Taila.

Já era umas 4:00 da tarde quando  resolvemos ir para a casa. Rafa não estava muito bebo, mais eu prefiri não arriscar por conta da turminha então peguei o votante. O caminho foi tranquilo, e logo estávamos em casa.

- Guilherme e Lara. Eles me olharam.
- A janta é com vocês!
- mais.....nem pensar.
- Nada de mais, eu não estou pedindo é uma ordem, já a louça deixa comigo. Sem nem olhar o quanto furiosos eles estão eu sigo em direção à escada.