Uma família por acaso

Cap.65

* Fernanda

Depois que o Gui saiu do meu quarto, fui até a sôfi e a coloquei pra assistir. Fui pra cozinha, abri a geladeira e peguei comida pronta
mas congelada. Subo em cima de uma cadeira e pra tentar alcançar a parte de cima do armário.

- Quer ajuda?_ Diz Rafa entrando na cozinha.
- Se puder._ Dou de ombros. Ele se aproxima de mim e me encara.
- Não vai descer primeiro?
- Ah é.

- Atrapalho?_  Fala Gui ao entrar na cozinha também.
- NÃO._ Eu e o Rafa falamos juntos. Gui Faz uma cara safada.
- Tá! Vim só atrás dessa maçã._ Diz todo sagas, em seguida sai da cozinha.

- Já comeu Rafa?
- Já sim, mas sempre cabe mais.
- Seu goloso._ Falo colocando a comida
no forno.
- Nem vem Fê, é você que já tá com algumas gordurinhas localizadas. O que é?_ Pergunta ao me vê lhe encarando.
- E você anda olhando é?_ Ele parece ficar meio sem jeito, até corsa a cabeça.

- Não é bem assim como você pensa.
- Ah não?
- É que quando a gente chegou aqui, você estava mais fina, não que tenha engordado. Está ótima assim._ Não sabia que o Rafa prestava atenção nessas coisa, não sei se fico mais surpresa por isso, ou pelo que ele disse.

- Mamãe, papai.
- Oi sôfi, quer alguma coisa?_ Pergunto.
- sobremesa.
- Sua danadinha._ Diz Rafa, que logo em seguida a põe em seu colo.
- Mamãe.
- Fala Sofia.
- Quando é que você e o papai vão me dá um irmãozinho?

- Ai florzinha, de novo essa história._ Lamenta Rafa.
- É sôfi, assim não dá._ Completo.
- Só me diz, quando?
- Quando a Lara for pra faculdade.
- RAFA!! Não tá ajudando.
- Ebaaa!!! Vou ter um bebezinho.
- Saudade de quando o meu único problema era meu aluguel._ Falo.

- Nossa! Você é tão verdadeira.
- Ah Rafa, você que era pra ajudar, faz é almentar o problema.
- Ah Fê, ficar com a gente nem é tão ruim assim._Ele diz.
-  As vezes.
- Ohh GUI, mamãe e papai vão me dá um irmãozinho bebê._ Sai gritando
para a sala.

- Ai Deus, dê paciência pra mim.
- Deixa de ser chata.
- E você? Acabou de falar pra sua filha de mentira que vai ter mais um filho de mentira com a mãe de mentira, enquanto a filha de mentira mais velha, está na faculdade. Viu só a loucura.
- Vi sim. Mas ainda assim, é melhor do que dizer pra ela que Não queremos filhos.
- Você venceu._ Digo e ele dá varias gargalhadas.

Após comer, subo ao meu quanto, antes
de começar a lê meu livro, ouso
baterem na porta.
- Pode entrar.
- Eu não quero atrapalhar você, quero apenas conversar.
- Fique a vontade.

- Fê, sobre ontem... eu não...
- Tudo bem Lara, você estava certa, eu não sou sua mãe. Mesmo assim eu fiquei preucupada, você tá na responsabilidade nossa, então é nosso dever te manter segura.
- Eu entendo Fê, e também sei que foi tolice da minha parte não ter avisado e ter deixado vocês esperando.

- Foi mesmo, merecia umas palmadas nesse bumbum.
- Olha, a questão é que eu não gosto de ser pressionada, ter alguém pra mandar em mim e em tudo que eu faço.
- É eu sei, te entendo, também cresci em orfanatos.
- Você o quê?!

- Isso mesmo Lara.
- Você nunca contou sobre sua vida.
- Não achei que fosse importante, afinal, estamos aqui à trabalho, e você fez questão de me lembrar hoje.
- Fê, te deixar triste não foi minha intenção.
- Tudo bem. Senta aqui._ A chamo dando uma batidinha na cama.