Cap.70

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* Guilherme

Nunca pensei que eu fosse ficar sentindo falta do Rafa, é estranho porque ele nem é meu pai de verdade. Os últimos dias
aqui na mansão sem ele, não tem cido a mesma coisa. A Fê tá na
dela, mas a gente sabe que ela também tá sentindo falta.

Meus dias anteriores foi super normal, fui pra algumas festas e consegui ser o funcionário do mês na minha turma de trabalho. Na faculdade as coisas tão indo bem, exceto pelo meu mal desempenho em uma matéria de lá. Mas qualquer coisa eu falo com a Luiza, que é uma ótima ajudante.

Hoje eu acordei cedo e estou descendo para tomar meu café da manhã.
- Bom dia coroa._ Falo ao vê a Fê na mesa.
- Olha os modos garoto._ Ambos rimos.
- Tem alguma coisa pra eu comer?
Tô faminto.
- Novidade, quando é que não estão?_ diz irônica.

- Maguou._ faço cara triste entrando no personagem.
- LARA, LAAARA, vem comer.
- Ai,ai por que tanta gritaria?
- Ué, você precisa ir para o seu curso mocinha.
- Aff, tinha me esquecido.
- Eu sei o que tá pensando," o que seria de vocês sem mim"?_ Fê diz e todos rimos.

- Guilherme você pode levar a Lara no curso?
- Sim Fê, sem problemas_ ela sorrir sem mostrar os dentes. Vou até a garagem e pego o carro menor, Lara vem e senta no banco da frente ao meu lado.
- Por que aceitou me trazer?
- Porque vou encontrar uma galera.

- Sabia Gui, ser bonzinho não faz parte
de você.
- Cala a boca e agradece.
- Cala boca você._ diz ela irritada.
- Ahh, ficou bravinha.
- Cala essa boca e vê se não enche.

- sua chata.
- Idiota.
- encrenqueira.
- otário.
- Falsa.
- Corvarde
-...._ E assim continuou as trocas de apelidos "carinhosos" até chegar lá.

- Desce.
- E quem vem me buscar?
- Não sei, talvez a ma..._ paro de falar na hora e ela me olha como se tivesse ouvido
a palavra.
- Você disse a mãe?
- Ahh Lara vai atormentar outro._ Ela rir e em seguida fecha a porta do carro.

Vou ao encontro da galera, assim que chego começo a beber, comer, dançar e pegar algumas minas.
Do nada eu resolvo pegar meu celular, e vejo mensagens do Rafa.

Mensagem

Oi Gui, tô chegando hoje. Gostaria que você viesse me buscar no aeroporto, mas se não quizer eu vou entende.

Qualquer coisa me avisa, porque eu já estou no avião e tenho que desligar o celular. Chego no EUA umas 13h.

Quê isso chefe, claro que vou.
Pode aguardar.

Assim que deu o horário me despedi do pessoal.
- Poxa cara, fica mais._ Diz um deles.
- Não dá, meu pai chega hoje de viagem e eu tô indo buscá-lo.
- Valeu brother, até mais._ Dou um toque na galera e saio.

Ao chegar no aeroporto eu o avistei, caminhei mais depressa para lhe alcançar.
- Filhããão.
- Oi pai._ A gente se abraça.
- Como foi de viagem?
- Melhor impossível. Mas confesso que já tava com saudade.

- E as nossas garotas?
- Lara tava em um curso mais cedo, cida em sua casa, Sôfi e Fê na mansão.
- Bom saber._ Diz com um semblante feliz.
É engraçado vê o Rafa tão feliz, não sei o que aconteceu mas ele parece muito bom humorado.

* Rafael

Chego em casa e sinto uma energia que eu não consegui sentir na minha outra casa. No hall, já dava pra sentir o cheirinho de
lavanda que a Fê gosta de comprar pra deixar a casa perfumada. Vou entrando e o Gui me ajuda com as malas.

- PAPAAAAI._ grita sôfi e vem correndo em minha direção.
- Filhota._ Nos abraçamos, ela me enche de beijos e eu retribuo com cheiros e cosquinhas.
- Eu tava morrendo de saudades de você.
- Ah é?
- Simm.

- Cadê sua mamãe?
- Foi dá uma volta, ela disse que não ia demorar.
- Disse é? _ rio lembrando que isso é apenas uma estratégia para a sôfi deixá-la sair.
- Lara como vai?
- Por incrível que pareça, bem alegre em
te vê.

- Devo me sentir honrado?
- Você que sabe._ rimos após nos abraçarmos.
Ando pela casa, vou até a cozinha atrás de comida. Sôfi não para de me seguir, aonde eu vou ela me segui. Acho até graça, tava sentindo falta disso.

As horas passaram e eu resolvo dá uma saidinha. Assim que eu retorno, vejo sôfi no sofá assistindo.
- Ei princesa, onde tá todo mundo?
- Mamãe tá lá em cima, e os meus maninhos na casa do Henrique. 
- Obrigado florzinha.

- Pai._ Me chama assim que me vê subir o primeiro degrau.
- Oi?
- Me dá seu celular?
- Pega, mas por pouco tempo.
- Tá legal.
Bato na porta do quarto da Fê após subir a escada.

- Entra._ ela diz.
Abro a porta e ela leva um choque ao me vê. Ela está diferente, usa um vestido soltinho de uma cor no meio da coxa.
Sua sobrancelha parece que acabou de ser feita e o seu cabelo está molhado, secando naturalmente.

- Não vai me cumprimentar? Eu sei que você tava com saudade._ ela revira os olhos e rir ao mesmo tempo.
E inesperavelmente, sou surpreendido por um abraço dela.
Com os braços em volta ao meu pescoço, ela me aperta com força,
e eu o retribuo. Sentir o toque dela me fez arrepiar e pela primeira vez ela agiu sem encarnar.

Foi bom, e por um segundo posso dizer que tive uma sensação nova, e isso me dá medo.
- Se eu não te conhecesse bem, diria que estava morrendo de saudades de mim._ A provoco e ela me solta.
- da próxima eu nem pego na sua mão. _Rio com seu rebate.

- Tava pra onde?

- Fui com a Taila em um salão pra tirar sobrancelha e hidratar meu cab... ei, escuta aqui, não lhe devo satisfação.
- Ai Fê, você me diverti._ Digo após dá umas gargalhadas e sentar em sua cama.
- Não é engraçado. Ôooh você tá amassando minha roupa.
- Foi mal._ me lavanto ainda sorrindo.

- Como foi a viagem?

- Boa. Lili tá com a barriga crescendo e o Diego....
- O que tem ele?
- Voltamos a nos falar.
- Até que enfim.
- Éh, já era hora.
Ficamos ali conversando por um tempo,
até a gente descer e ir jantar.




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