Cap. 72

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* Diego

Hoje foi um dia comum, minha rotina de ir ao trabalho, comer fora, pegação com alguma mulher no meu escritório e outras coisas mais. No no entanto hoje
é domingo, e por mais que eu não fui a empresa, curti com gatinhas, e ainda trabalhei um pouco em casa.

Porém tudo muda quando sou acordado pelo toque do meu celular, em plena madrugada. Fiquei confuso ao
descobrir de quem pertencia a voz do outro
lado da linha.

E mais confuso ainda, fiquei quando vi Alice em um mercado 24h, e com roupa de dormir. De acordo com a situação, preferi levá-la pra casa. Se ela gostou? Ficou furiosa.
Mas ela não tinha escolha, e depois do que ela fez, me sentiria culpado em deixá-la em casa em meio a uma queda de energia e sem o Lex
por perto.

A energia voltou assim que eu peguei a Alice, só que mesmo assim, segui pra minha casa. Quando chegamos, deixei ela na cozinha e fui até o meu quarto. Como eu estava
em uma calça molenton quando dormia, apenas vesti uma camisa qualquer por cima pra sair de casa. E quando voltei, tirei a camisa e vesti uma regata.

Desci pra o andar de baixo, e já podia sentir o cheirinho bom de frango frito. Me aproximo da cozinha e me espanto com a bagunça que estava lá. Não sou do tipo de cara obcecado por limpeza, muito menos perfeccionista, mas me comoda ver muitas coisas desorganizadas.

- Ei sua doidinha, que bagunça é essa?!_ Digo e ela dá de ombros.
- Não estaria assim se eu estivesse na
minha casa.
- Você é sempre assim ou é a gravidez?
- Não sei. Quer? Tá uma delícia_  se refere do frango com sorvete de morango.
- Isso é nojento._ falo tirando uma foto dela.
- Pra quê foto?

- Pra mostrar pro bebê no futuro, quem sabe ele queira ver as maluquices da mamãe dele.
- Isso é deprimente.
- Talvez._ Falo. - Falando nisso, como o
bebê está?
- Eu acho que faminto. _ ambos rimos.
- Só tenho três meses, ele ainda não mecheu, mas a gente o viu na ultrassom. Ainda tá muito cedo pra dizer tudo mas... ele tá ótimo.

- Verdade. Bom... eu preciso dormir, amanhã tenho trabalho então...
- E tudo isso aqui?_ Se refere ao caos que ela fez na cozinha.
- amanhã você limpa._ digo e em seguida lhe mando uma piscada.
- Agora vem, que eu preciso descansar e você também.

Após a nossa conversa paralela, sigo para o quarto de hóspedes, que por sinal é bem aconchegante. Ligo o ar, troco a coberta e coloco mais travesseiros pra ela se sentir mais confortável. Embora a barriga não esteja grande, já tá dando pra perceber.
Embora seja da Alice que estou falando, ela também está gerando uma criança, então dormir em um lugar macio e agradável,
é o mínimo.

Assim que mostro o lugar o lugar onde ela vai passar o resto da noite, vou para o meu quarto. Me deito, e quando olho as horas, são 04:20 da manhã. Fecho os olhos e o
sono me rouba. Dia seguinte, acordo com o barulho do meu despertador, levanto, vou ao banheiro e faço minhas higienes pessoais. É após escolher meu modelito, desço para
a cozinha.

Abro a despesa, e por sorte ainda tinha café. Ligo a cafeteira, e depois do café está pronto, vou à uma padaria que fica na mesma rua da minha casa. Compro biscoito de polvilho e pãozinhos de queijo. Chego em casa e ponho tudo na mesa. Depois de colocar meu café, Alice aparece na cozinha também.

- Bom dia amor, acordou cedo!!_ Digo e ela revira os olhos.
- Acordar com você me provocando, e sendo a única pessoa que estou vendo desde que acordei, não acho que estou tendo
um bom dia._ Ela retruca e eu rio. É a primeira vez que eu brinco com ela desde que chegamos dos Estados Unidos. Pelo menos que eu me lembro.

O fato é que... ficou muito estranho com o lance da gestação. Eu até tento fingir que isso é mentira, mas não dá. Minha família ainda não sabe, eu não quis contar, embora minha mãe seja louca por um neto. A verdade é que... eu esperava ter um filho depois de ter uma mulher, e não o contrário. E minha mãe também, então não sei como ela e os outros  vão reagir com a notícia, mas por enquanto vou deixar tudo como está.

- Por que você tá rindo de mim?
- porque eu não sei como você conseguiu sair assim._ Digo apontando para o
pijama. - E ainda por cima, de pantufas._ Falo em crise de risos. Ela se senta e nem
dá importância.
- Que horas você vai me levar pra casa?
- Quando você terminar de comer.

Pego as chaves e saio em direção à garagem. Entro no carro e logo em seguida ela também.
- Como será quando o bebê nascer? Eu trabalho muito e você
também, não acho que crescer com a babá, fará bem pra ele, ou ela né. Talvez esses motivos, eu não queria ter filhos fora do casamento.

- Nem eu Diego, muito menos eu._ diz ela após uma profunda respirada, e sem tirar os olhos da estrada. Depois disso, o silêncio reinou entre a gente, até o momento em
que parei na casa dela.
- Chegamos, está entregue._ Ela abre a porta do carro e antes de sair, olha pra mim.

- Valeu por ter ido ontem nos buscar._ diz com a mão na barriga. - O bebê também também agradece._ sorrio sem mostrar os dentes, e em seguida ela sai do carro.
Vou direto pra empresa, estaciono, e sigo para minha sala. Só que antes mesmo de ir ao elevador, Sara, uma dicionária que eu peguei, veio falar comigo.

- Dieginho, você não atendeu minha ligações ontem, o que ouve?
- Dieginho? Não me lembro de ter te dado tanta intimidade.
- Ai você sabe... que tal a gente marcar pra sair outro dia?
- Quem sabe. Mas por enquanto, eu preciso ir, estou muito ocupado.

A moça da recepção vem até mim, e entrega uma caixa de rosquinhas recheadas. Agradeço e em seguida pego o elevador e ao chegar no último
andar, Jennifer, outra peguete, vem tirar satisfação. Tento de toda forma me sair, porém, gentilmente.

E por fim, uma secretaria do primeiro andar, veio deixar alguns papéis em minha sala, e acabou me flertando. E como eu estava estressado, aceitei relaxar um pouquinho com os seus serviços. Na hora de ir pra casa, olho para a minha escrivaninha, e vejo a caixa de risquinhas que ganhei quando cheguei. Pego ela e saio da empresa, ligo o carro e vou para a casa da Alice.

Após eu apertar a campainha duas vezes, ela abre a porta.
- Saudades?_ Falo irônico com um sorriso no rosto, e ela apenas revira os olhos e em seguida põe uma mão na cara.
- Mereço._ Diz balançando a cabeça.
- Lí, quem é meu bem?_ Lex pergunta
- É a apenas o Diego.
- Aquele gostoso pai do seu filho?_ E
ela cora e eu caio na gargalhada.

- Eu trouxe isso pra você, ganhei hoje mais cedo, só que eu não como todo esse doce. E como você tá grávida, acho que isso não será um problema.
- Obrigada. Quer entar?
- Achei que não fosse convidar.
- Só perguntei por educação

- Eu sei._ falo em um sussurro, e já entrando.
- Na verdade Lex, vim falar com você.
- Comigo? AAAI MINHA NOSSA!! _ grita dando pulinhos. Eu caio na gargalhada.
- O fato é que a Alice não gira bem, e com a gravidez, isso só piorou.
- Eeei, eu tô aqui viu._ Se vitimiza.
- Sabemos._ eu e Lex respondemos em uníssono.

- A questão é que eu preciso que você fique de olho nela,  já que mora
com ela, pelo menos até o bebê nascer
em segurança.
- Eu não preciso de quarda costas._ Se defente.
- Sério? Quer que eu te lembro que você saiu de madrugada?
- Foi caso de urgência.

- Sei._ digo revirando os olhos.
- Eu tento de todas as formas, mas ela é difícil._ Diz Lex.
- Eu sei, por isso mesmo ela terá eu e você na cola dela. _ ela revira os olhos.
Depois de uma longa conversa, me despeço deles e vou embora.



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