Uma família por acaso

Cap. 68

* Rafael

- Fê, eu preciso te contar uma coisa.
- Diga.
- Eu não sabia como te falar então demorei um pouco.
- Fala logo Rafa.
- Eu vou viajar, preciso vê como anda minhas empresas no Canadá. Vai fazer 5 meses que eu saí de lá e não voltei mais.

- Uau!_ É tudo que ela consegue dizer.
- Eu sei, não é legal te deixar aqui com a turminha, mas eu preciso, e muito. Evitei o máximo, mas não dá mais.
- Quanto tempo Rafa?
- Duas semanas.
- O quê? Como fica as crianças?

- A Cida, vou falar com ela pra dormir com vocês, além de um segurança.
- Tá bom.
- Tabom? É isso?
- É Rafa, quer que eu diga o quê?
- Tudo bem Fê, eu só não esperava
essa reação.
- Nem eu._ Diz ela baixo, só que eu
escuto.

Entramos no carro, e no caminho pra casa, não falamos absolutamente nada. Ao entrar em casa, a Fê foi para o seu quarto. A sôfi assistir, e eu comer.
- Oi Gui, como anda o trabalho?
- Bem, as vezes fica difícil mas faz parte.
- Tem razão.
- Você parece triste.
- Eu?

- Você mesmo Rafa.
- Eu estou pensativo é isso. Vou viajar no sábado, passar umas duas semanas longe de vocês. A Fê não gostou muito da ideia, embora ela não me suporte._ Digo e o Gui rir.
- Poxa em, cê vai nos deixar.
- Eu preciso que você tome conta dessas garotas por mim, tá ok?

- Vou tentar. Mas confesso que elas sabem fazer isso muito bem.
- Éhh, elas são demais. Elas precisam de atenção, carinho e proteção. Sei que
pode fazer isso.
- Concerteza.
- Bom garoto. A Fê vai ficar desorientada e sem ação sem me ter por perto, pois aí não vai ter com que ela brigar.

- Vai sobrar pra gente.
- Que nada, ela é uma mãe boazinha.
- É, ela é.
- Agora eu vou pro meu quarto pois preciso deixar a empresa daqui organizada também.
Subo para o meu quarto e tomo um banho, depois vou para o quarto da sôfi colocá-la pra dormir.

Saio de lá e bato na porta da Lara.
- Eeeentra._ Ela diz.
- Lara, eu...
- Não fui eu, é sério papis._ Diz me interrompendo. Estranho o apelido e aí percebo que ela está em uma chamada de vídeo pelo computador.
- Eu não vim brigar com você.

- Não?!_ Surpresa e curiosa, desliga o aparelho.
- Não sua bôba. Vim me te contar uma coisa.
- Então conta.
- Eu vou pro Canadá, preciso vê minhas empresas. Vou passar uns 15 dias, então eu peço de já pra que você possa ajudar a Fê e todos aqui na minha ausência. Tá legal?

- Claro, pode contar comigo.
- Obrigado.
Fico lá conversando por mais uns 30 minutos, depois vou para o meu quarto.
Ligo para Lili em chamada de vídeo e a espero atender.

- Oi vida._ Diz ela ao me atender.
- Oi bemzinho.
- Cadê sua mulher?
- ALICE.
- E o que vocês estão sendo aí? Por
acaso é amigos?
- Somos um casal para os outros, mas
não pra você.

- Vocês ainda vão acabar juntos.
- Eu em.
- Então tá.
- Mas iaí, como vai sua... gravidez.
- Muito enjoou, abusos e muito sino.
- Você tá dando conta das suas lojas?
- Tô fazendo o possível.

- Eu chego aí no sábado, pelo menos é o que eu espero.
- Que bom, estou ansiosa. E a Fê, o que ela disse?
- Não gostou é claro, vai ter que ficar tomando de conta de tudo por aqui, e ainda dá empresa.