(Sexta-feira.)
Assim que chegara do luau foi direto para frente do computador, lembrou-se do rosto da ruiva e do que acontecera no dia. Abriu o documento com os três primeiros capítulos e começou a digitar freneticamente, escreveu tudo.
Capítulo 4 - São dois extremos... Sentir a ausência...
Desconfie se sentir a falta daquela estranha.
Capítulo 5 (ou continuação do 4?)... E gostar da presença.
E ainda mais se dançar com ela for um dos melhores momentos de sua vida.
Deu mais páginas do que esperava. Ele colocaria tudo baseado em fatos reais, mas com a quantidade certa de ficção para animar e dar ritmo ao livro. Fatos reais com certa prosa cinematográfica, uma mistura perfeita para um romance eletrizante.
Por passar a madrugada escrevendo acordou mais tarde do que pretendia, na hora do almoço. Foi direto para o banheiro tomar um banho longo e fazer a higiene matinal. Tirou de roupa e ali no banheiro mesmo enxaguou a calça branca para devolver ao dono (que na verdade não sabia quem era, então devolveria a Maite) e a estendeu para secar. Saiu do banheiro com a toalha na cintura e pegou uma roupa na mala (já tinha pensando em desfazê-las, mas dava muito trabalho e elas estavam bem dentro da malas dobradas e sem correr o risco de amassar) calça jeans e camiseta, calçou os sapatos, colocou a carteira e o celular no bolso, pegou as chaves então saiu do quarto. Virou-se e trancou a porta, a primeira visão que teve foi Dulce vindo em sua direção, sorriu. No começo pensou ainda estar sobre o efeito da vodka, mas quando ela sorriu e aquele sorriso o derreteu por dentro teve certeza de que era mais do que miragem, era realidade.
— Bom dia Dul! — ele disse sorrindo. Era uma ótima maneira de começar o dia.
— Na verdade é boa tarde, quase uma e meia da tarde. Acordou tarde hein forasteiro? — riu.
— E o que você está fazendo aqui? Gostou de dançar com o forasteiro e veio repetir a dose, nativa?
— Uau, quanta pretensão. — ela riu e só então ele percebeu o copo de algum suco vermelho em suas mãos e uma bolsa de água quente. — Na verdade vim pela minha prima, ela não está bem.
— O que aconteceu com a Maite?
— Bebida! — ela sorriu e continuou em direção ao quarto da prima.
Christopher se deu o direito de ir junto, estava preocupado com a morena que tinha lhe ajudado a ir ao luau, graças a ela tinha dançando com a sua nativa.
Dulce entrou no quarto, Maite levantou-se lentamente e pegou o suco.
— Nem me pergunta o que tem ai dentro, apenas bebe que vai fazer bem!
— Que nojo! — Cristina tampou o nariz com uma das mãos e começou a beber todo aquele suco vermelho e espesso.
— Ela bebeu demais ontem à noite, acabou de ressaca. — Dulce disse para Christopher e riu.
— Vai rir do seu pai, maldita! — Maite disse com raiva, fazendo ela rir ainda mais. Entregou o copo a prima e voltou a deitar, mas dessa vez com a bolsa de água na cabeça. — Christopher? Você beijou a Dul ontem?
— O que? Não. — respondeu confuso e Dulce gargalhou.
— Eu te avisei, onde está?
— Seu maldito. Eu odeio vocês dois. Na gaveta, pode pegar! — a morena disse chorosa.
— Do que vocês estão falando?
— Eu apostei com ela que vocês iriam ficar na noite passada e você com a sua falta de pegada me fez perder 50 dólares. Eu odeio vocês! — Maite gemeu.
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SURREAL DREAM
Fanfiction||CONCLUÍDA|| +16 Christopher Uckermann é um colunista free lance e escritor conhecido por sua fama de conquistador festeiro e por ter um dos livros mais esperados do ano. Mas em meio a tudo isso, o que podia ser uma coisa boa acaba se tornando um p...