ᴘᴀssᴇɪᴏ ᴅᴇ ʙᴀʀᴄᴏ

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A uma velocidade média em menos de 10 minutos estavam onde ela queria, bem no meio e cercado apenas por uma densa vegetação, era um lugar lindo. Ambos foram para frente da traineira juntos, parados encarando a vista.
— Você me surpreendeu, pensei que não soubesse dirigir o barco. — Christopher brincou.

— E mesmo assim arriscou vindo comigo? Você não é muito inteligente, forasteiro. — riu colocando uma mecha dos longos e soltos cabelo atrás da orelha.

— Vale o risco. — sorriu. Seus olhos se encontraram e ficaram se olhando com aquela suavidade por minutos sem dizerem nada, até ela virar o rosto rindo constrangida.

— Tanto faz, a vida é sua mesmo. —Dul disse revirando os olhos. — Sabe, você disse que ia me contar sobre seu pai, lembra?

— Será que não podemos falar disso em outro momento? Eu não queria estragar esse momento falando de coisa ruim, eu quero falar, mas... Não agora. — ele falou baixo, ela assentiu.

— Tudo bem, eu entendo.

Ela voltou para trás e sentou-se perto da cabine deixando-o na frente sozinho.

— E então, gostando a vista, forasteiro? Aposto que você não tem isso na Big Apple! — zombou Dul.

— É não mesmo, é fantástico. — ele virou-se para ela sorrindo. — Estou me sentindo oLeonardo DiCaprio no Titanic.

— Você está mais para um mero figurante em um dos botes. Ou melhor, um forasteiro idiota em uma traineira! — Dul gargalhou. — Então vai Jack, grite!

Christopher riu e andou mais para a ponta da proa da traineira. Subiu em uma parte mais elevada segurando-se nos cabos e abriu os braços deixando o vento bater em seu rosto.

EU SOU O REI DO MUNDO! — ele gritou imitando a cena de Titanic, Dul riu. — UHUL!

Dul ria e pegou o remo que estava jogado no canto, o ergueu e se aproximou de Christopher, bateu com o remo bem em seu bumbum fazendo com que se desequilibrasse e caísse no mar. Jogou o remo de lado rindo e foi até a ponta vê-lo. Ele emergiu e parecia surpreso além completamente encharcado e seus cabelos lambidos, tossiu cuspindo água e olhava indignado para Dul.

— De Leonardo DiCaprio para Ariel, A Pequena Sereia, que evolução Christopher. — riu irônica.

— Isso não valeu, eu estava de costas, é desonesto.

— Não era um jogo, não tinha regras. E ai, a água está boa forasteiro?

— Tá chega, me ajuda aqui vai. — ele esticou a mão para que ela o puxasse.

— Não, eu não sou idiota. É esticar a mão pra te ajudar e você me puxar pra água, não. Vai dizer que esse não é um passeio divertido? Aproveite os peixinhos! — riu novamente. — Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar, eu tirava o Christopher do fundo do mar.

Ela se afastou cantarolando e rindo, escutando as reclamações dele, até escutar um gemido, aparentemente, de dor. Não deu muita importância até ele gemer novamente.

— Dul me ajuda... — gemeu.

— Você não vai me enganar, Christopher. Esquece e se vira!

— É sério Dul... Ai... Me ajuda. Ah! — ele arfou de dor e ela se aproximou da borda. Ele parecia mesmo com dor, rosto franzido e um dos braços embaixo da água, segurando a perna.

— O que foi Christopher?

— Câimbra. É sério, ah... AI! — ele gemia de dor.

— Christopher, calma, fica calmo ok? Vem. — ela se inclinou e esticou o braço para ele, preocupada. Ele pegou a mão dela, desfez a careta de dor e sorriu. — O que? Você não...

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