ʙᴀɴʜᴏ

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(terça-feira) 

Ai. Dor. Dul. Maldito sofá.

Isso era absolutamente tudo em que Christopher conseguia pensar. Tinha acordado há poucos minutos, mas permanecia deitado porque na primeira tentativa que faz de sentar sentiu dor. Aquele sofá não parecia tão desconfortável, mas passe uma noite toda nele e acorde na manhã seguinte se sentindo moído. Ele sentia como se todas suas costelas estivessem fora do lugar, achava que seu pescoço estava torcido e seu ombro em sua cintura. E aceitava que estava exagerando ao pensar isso e que estava se comportando como uma criança mimada, mas estava realmente desconfortável naquele sofá. As luzes da sala ainda estavam apagadas e não escutou nenhum barulho no primeiro andar. Lentamente se sentou.

— Maldito sofá. — resmungou quando conseguiu sentar.

Começou a se alongar, ficou em pé e virou a cabeça para os dois lados o máximo que pode, ouvindo seu pescoço estalar. Com um gemido, ergueu os dois braços e juntou às mãos no alto, entrelaçado os dedos, esticou-se o máximo que pode e depois fez o mesmo esticando os braços para frente. Estalou as costas, na verdade estalou todas as juntas o máximo que pode se esticando. E então se sentou novamente no sofá, dando um tapa nele.

— Você é um sofá horrível, sabia? Eu poderia ter passado uma noite maravilhosa lá em cima com uma mulher maravilhosa, mas fiquei aqui lhe fazendo companhia e é assim que você me recompensa? Você é um companheiro muito cruel, onde fica a cooperação masculina? E se você quer saber, lá em Nova York eu tenho uma poltrona muito atraente e não vou te apresentar, de jeito nenhum! — disse para o sofá e podia imaginá-lo respondendo "Foi a tal mulher maravilhosa que te mandou ficar comigo, seu otário, bem feito!" e sentiu idiota, novamente.

— Falando sozinho, Uckermann? — escuto Dul perguntar descendo as escadas. Só pode vê-la quando acendeu a luz da sala. Estava usando apenas uma blusa de flanela xadrez vermelho com cinza e branco que até o meio de suas coxas, com os primeiros botões abertos e a manga dobrada. Estava simplesmente sexy.

— Na verdade falando com esse seu maldito sofá. Estou totalmente dolorido e a culpa é sua, Espinosa. — resmungou, fazendo beicinho.

— Coitado. Eu te chamei pra ficar na minha casa e não na minha cama. — Dul riu.

— Você é tão cruel. Me deixa aqui nessa sala a noite inteira sozinho e ainda desce com essa roupa... Cruel.

— Essa roupa? — Dul olhou para o próprio corpo mordendo o lábio inferior e sorriu maliciosamente. — O que tem minha roupa?

Com seu sorriso faceiro nos lábios, Dul começou a andar para a cozinha. Quando estava na porta dela, ergueu a blusa deixando a mostra seu bumbum, usava uma pequena calcinha branca. Christopher riu mexendo no cabelo, era muita crueldade.

— Você não vai escapar depois dessa! — o forasteiro disse e correu pra cozinha, Dul gritou rindo e fugiu dele.

Ficou cada um de um lado da ilha da cozinha, indo para lados opostos, enquanto a nativa fugia de seu forasteiro. Era uma caçada. Dul continuava no seu joguinho de ser sexy – fazia caras e bocas, rebolando e ameaçando subir ou abrir a própria blusa, mas quando Christopher tentava se aproximar, ela ia para o outro lado rindo.

— Você vai me pagar por isso Espinosa, pode ter certeza. — Ele disse sorrindo de lado.

— Hum, um forasteiro idiota que ameaça nativas inocentes? Eu devia chamar o FBI para te investigar, Uckermann. — Dul riu.

— É você deveria. — piscou maliciosamente e correu atrás dela.

Dul tentou fugir enquanto ria, mas Christopher foi mais rápido e esticou o braço para a sua cintura, puxou-a para si e lhe abraçou, beijando seu pescoço. Ela se arrepiou levemente e tentava se soltar, até aceitar que aquilo era bom e o queria. Mas era um jogo, fingia querer escapar e isso só o incentivava. Christopher abafou um gemido de Dul com a boca, suas línguas se encontraram assim como seus quadris. Desejavam-se, era possível ver as faíscas partir dos dois corpos conectados como um só. Mas Dul o empurrou meio ofegante.

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