ᴘʀᴏɢʀᴀᴍᴀs

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— Logo após o intervalo, retornamos com Mei Yang, uma especialista em massagem chinesa falando sobre todos os seus segredos e a duvida de todas as mulheres: cremes para celulite: eles realmente funcionam? Logo após o intervalo, não saia daí e termine seu café da manhã comigo. — Rachel falou sorridente para a câmera.

A música tema do programa ressoou no alto-falante, então Rachel ficou em pé, Christopher também. Toda a equipe técnica se aproximava, assim como Anahi e Poncho.

— Entrevista fantástica, Christopher. Eu realmente adorei seu livro e espero que você se acerte com a sua nativa, ela seria uma burra se não fizesse. — Rachel disse apressada, mas sorrindo. — Agora com licença, estou morrendo de vontade de fazer xixi.

E saiu correndo com a mão sobre a barriga, Christopher quase riu e virou-se para a irmã e o cunhado. Anahi lhe abraçou forte e Poncho bateu em suas costas.

— Você foi muito bem, maninho. Estava ali atrás e o produtor disse que a audiência foi fantástica, estavam todos esperando finalmente uma entrevista com Christopher Uckermann. Já recebi vários e-mails de vários canais querendo agendar uma entrevista.

— Eles tinham medo que você não soubesse como agir diante de uma câmera, mas você se saiu muito bem, agora você será realmente famoso, Ucker. — Poncho sorriu batendo em seu ombro. E lhe chamando de Ucker apenas para lhe irritar, porque leu no livro que era assim que Zoraida lhe chamava.

Christopher nunca esqueceria aquela cena, foi ao apartamento de Anahi e Poncho, Anahi quem atendera a porta, rindo. E depois dos cumprimentos, quando lhe perguntara onde estava Poncho, ela gargalhou.

— Ele está no final do seu livro e ele está... — ela não conseguia parar de rir, pegou a mão de Christopher e o puxou para dentro. — Vem ver você mesmo.

Poncho estava sentado no sofá com o livro em mãos e dava para perceber que estava bem no finzinho. Os irmãos ficaram ali apenas observando, Anahi tentava não rir alto e Christopher não estava entendendo nada, até Poncho fechar o livro.

— Annie... — falou com uma voz estranha. E ao erguer o rosto Christopher percebeu o motivo da voz e das risadas da irmã, ele estava chorando. Poncho chorando. E ficou em pé olhando para Christopherr. — Cara, esse seu livro é tão...

— Poncho, você está chorando?

— Não, estava cortando cebolas. — ironizou. — Claro que estava. Isso foi tão triste, é mais triste do que quando o Nemo se perdeu do pai e queria voltar pra casa, mas pelo menos o final foi feliz. Eu chorei mais do que quando assisti Rei Leão.

— Ele chorou mesmo vendo Rei Leão. — Anahi falou baixinho se inclinando para o irmão.

— Cara, eu sinto muito mesmo. — Poncho andou até o cunhado e lhe abraçou com força, batendo em suas costas. — Você estava tão apaixonado e não acabou com ela, caralho. Mas eu to aqui, está bem Ucker? Eu e a Anahi. Se precisar de qualquer ajuda, estaremos aqui. Eu conheço ótimas baladas, ótimas strippers, casas de massagem, eu tenho links de bons sites pornôs, se a solidão bater, e até umas revistas, se preferir algo mais pessoal, mas conta comigo, cara!

— Tudo bem, tudo bem. — tentava afastá-lo e controlar o riso. Sabia que era de boa vontade, mas Poncho chorando e dando uma de cafetão? Não era algo normal.

— Vocês acham que ela viu? — Christopher perguntou hesitante, após voltar à realidade.

— Eu não sei, sinceramente não sei. Mas tudo vai dar certo. Não adianta tentar apressar as coisas, porque o que tem que ser, é. Simples assim. — Annie sorriu.

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