— Por que eu tenho que fazer?
— Você é a mulher.
— E você machista! — sorriu assustadoramente e com um ar vingativo. — Ok, então vamos tomar café!
Ela andou até o armário e pegou uma grande tigela, colocou-a em cima da mesa. Pegou na geladeira a garrafa com leite e dentro do armário uma caixa fechada de cereal. Jogou todo o cereal dentro da tigela e depois leite. Guardou tudo, pegou duas colheres e sorriu para Christopher
— Bon apetit. — zombou, Christopher gargalhou.
— Ótimo, adoro cereal.
Sentou em uma das cadeiras e pegou uma colher, comeu um pouco. Realmente era bom, então podia comer. Dul ia sentar em outra, mas Christopher a puxou fazendo-a se sentar em seu colo, e ela não reclamou, comeu seu cereal sentada em uma das coxas de Christopher. Um fazendo aviãozinho para o outro e rindo bastante, mas no fim comeram tudo e lavaram a pouca louça juntos.
Passaram a tarde empenhados na missão de "não fazer nada juntos" e estavam indo muito bem. Comeram lasanha pronta feita no microondas com arroz e coca-cola, depois muito mais "não fazer nada juntos" entre beijos e amassos.
No fim da tarde a missão de Dul era ensiná-lo a cozinhar algo. Algo além de sanduíches e comidas congeladas, então resolveu começar com algo fácil. Massa, uma das coisas mais fáceis de um iniciante fazer. Penne ao molho branco e frango desfiado.
Christopher não tinha certeza se era capaz de fazê-lo, mas pelo menos seria divertido passar esse tempo com Dul na cozinha. Ela separou todos os ingredientes em cima do balcão.
— Picar a cebola Christopher, quer tentar? — Dul perguntou com uma cebola média já descascada e uma faca na mão.
— Eu nunca fiz isso. Você sabia que se vende cebola picada em potinhos? E tem até tempero, é bem prático.
— Essa é fresca e você controla o tamanho. Isso é cozinhar, o que você faz é juntar todos os ingredientes prontos e comer.
Colocou o macarrão penne para cozinhar apenas com água e sal. Então foi para a pia com a cebola, em cima da tábua de plástico começou a picá-la com uma habilidade e agilidade incríveis, faltava apenas um pedaço quando Christopher decidiu que tentaria picar. Começou lentamente com medo de se cortar, mas até que conseguia picar do mesmo tamanho, até seus olhos começarem a incomodar. Arder. Lacrimejar. Era insuportável.
— Porra, o que é isso? — largou tudo na pia, mal conseguia abrir os olhos fazendo caretas enquanto eles lacrimejavam e já ia coçar os olhos com a mão suja, quando Dul segurou seus braços rindo.
— Não coça os olhos antes de lavar a mão, idiota. Isso é cebola!
— Ela que fez isso? Porra, por que não proíbem a venda disso? Acho que estou ficando cego. Sério. E por que você não está assim?
— Prática, Uckermann. Cebola me incomoda, mas eu aprendi a controlar isso, sei lá como, mas aprendi.
Ela mal se agüentava rindo, ajudou-o a lavar as mãos com água e sabão, depois a lavar os olhos. Deu pra ele a missão fácil de esmagar o alho, com o esmagador, então não era difícil, mas ele conseguiu complicar – achava o alho fedido, depois não conseguia colocá-lo dentro do aparelho de metal, demorou vários segundos até conseguir. Dul dourou o alho e cebola com margarina, depois acrescentou os dois peitos de frango desfiados que já tinha guardado em um pote na geladeira com manjericão. E deixou Christopher mexendo para fritar um pouco.
— Você fica sexy cozinhando, Uckermann. — comentou recostada na ilha no centro da cozinha enquanto Christopher esquentava a barriga no fogão.
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SURREAL DREAM
Fanfiction||CONCLUÍDA|| +16 Christopher Uckermann é um colunista free lance e escritor conhecido por sua fama de conquistador festeiro e por ter um dos livros mais esperados do ano. Mas em meio a tudo isso, o que podia ser uma coisa boa acaba se tornando um p...