ɴᴏᴠᴀ ʏᴏʀᴋ

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O avião de Christopher pousou em Nova York no fim da tarde. Um vôo cansativo e desgastante, mas que ele tirou de letra. Agradecia aos céus por não ter ficado perto de nenhuma criança, sentou na janela e ao lado de uma loira peituda, que tentou puxar conversa, mas ele cortou o assunto (o que era surpreendente até para ele mesmo, dispensar assunto com uma mulher fodidamente atraente), mas o que ele podia fazer se não estava a fim? Deu um sorriso seco a ela, colocou os fones de ouvido do celular e adormeceu ouvindo música. Desembarcou carregando a mochila nas costas, guardou os fones nela e o celular no bolso. Pegou um carrinho de bagagem e foi para a esteira de malas, abriu espaço entre as pessoas e pegou as duas malas, colocou-as no carrinho e a mochila em cima. Foi empurrando o carrinho para longe da confusão de malas.

O aeroporto estava estranhamente cheio. Várias pessoas se despedindo, se reencontrando, se conhecendo. E no meio de toda aquela mistura de sentimentos, Christopher andava devagar procurando rostos conhecidos, Anahi e Poncho.

— Christopher?! — escutou a voz conhecida e animada.

Anahi, Anahi, Anahi! Seu cérebro gritava descontroladamente, virou-se para o lugar de onde vinha a voz e lá estava sua irmã parada. Ela estava linda, mais do que ele se lembrava. Um justo jeans que faziam jus a suas curvas, um top preto tomara que caia e por cima uma jaqueta de couro vermelha, além do habitual salto alto. Ela sorria animada e logo atrás estava Poncho, de jeans e camiseta com decote em V, sorrindo também, e carregando a bolsa da namorada.

— Anahi! — exclamou emocionado, deixou o carrinho ali mesmo e andou rapidamente até a irmã.

Anahi pulou em seus braços, fechando os braços em volta de seu pescoço. Christopher lhe abraçava pela cintura com força, mas com cuidado para não machucá-la, até ergueu-a um pouco do chão.

— Ai Christopher, estava com tanta saudade. — Anahi disse em seu ouvido, ele a colocou no chão.

— Eu também Annie, estava com muita saudade de você.

— Mas não pense que vai se livrar dessa tão fácil. — ela disse com um sorriso no rosto, que logo sumiu e começou a bater nos braços do irmão. E com força. — Como. Você. Ousa. Viajar. Sem. Me. Avisar. — falou pausadamente distribuindo tapas e socos em seu braço, Christopher ria, mas sentia os golpes.

— Eu sei... Ai, calma ok? — segurou os braços da irmã. — Sinto muito, mas valeu à pena. Tenho muito pra te contar e deixarei você me bater depois, agora cala a boca e me deixe te abraçar mais um pouco, eu senti sua falta, mandona.

— Af. Com esse jeito, como negar, peste? — ela se derreteu toda, lhe deu outro soco e voltou a lhe abraçar. — Idiota!

Idiota. Isso lhe lembrava uma única coisa. Ou melhor, uma pessoa. Dul. Retraiu-se instintivamente só de ouvir aquela palavra, sentia seu coração doer novamente.

Nota mental: Avisar a Anahi não me chamar assim.

Após abraçar Anahi, virou-se para Poncho, que abriu um grande sorriso e os seus grandes e musculosos braços.

— Fala cunhadinho!

— Poncho. — disse sorrindo e riu, abraçou o cunhado. Poncho era realmente grande, não apenas de altura, mas largura, com peito e ombros largos, então Christopher coube em seus braços e ainda foi tirado do chão com facilidade, como se fosse uma criança. Christopher gemeu, sentindo-o esmagar suas costelas. — Ai.

— Poncho, você vai quebrar o meu irmão, coloca ele no chão. — Anahi mandou preocupada com o irmão, sabia o quão forte o namorado podia ser, mas mesmo assim ria da cena. E óbvio, o namorado lhe obedeceu.

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