ɴᴀᴛɪᴠᴀ ɪᴅɪᴏᴛᴀ

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E assim o livro acabou. Entre lágrimas, pra variar, Dul suspirou.

Lentamente e com as mãos trêmulas, ela virou a página. EPÍLOGO.

Ela queria lê-lo, mas estava na hora do trabalho. Fernando já tinha saído e ela estava lendo na sala desde que tomara café, o último capítulo inteiro. Carregado o livro e o celular consigo, foi para a picape e então para o trabalho.

Hoje quem ficaria no trabalho era Leah, que já tinha aberto o restaurante, então quando chegou ao restaurante, foi direito para o quartinho, guardou o livro no armário e começou a trabalhar. Limpou e organizou as mesas, colocou os cardápios, temperos e condimentos em cada mesa, começou a varrer o chão.

— E ai Dul, está lendo o livro? Seus olhos estão meio avermelhados. — Leah comentava enquanto lavava alguns pratos.

— Já. Eu... — suspirou. — Como a própria Ellen Degeneres disse, eu sou idiota.

— Ainda tem tempo para se recuperar, Dul.

— Vamos trabalhar ok? Trabalhar, Leah.

— Covarde. — Leah bufou.

E vagarosamente, atendendo a algumas mesas, o dia foi passando.

*

— Leah me ligou e disse que Dul leu o livro, está bem mexida. — Zoraida falou para Mai, Derick e Eddy, que estavam sentados na sala de sua casa, conversando.

— Ela é muito cabeça dura. — Mai explicou. — Eu lembro quando a Blanca deixou o tio Fernando, ele ficou do mesmo jeito, lutando contra tudo que pudesse ajudar, é de família.

— Por isso que você é da família, Maite-Cabeça-Dura-Espinosa-Perroni. — Derick zombou, fazendo Mai socar seu braço. — Ouch.

— E o que vamos fazer? —Eddy perguntou.

— Já sei. Plano perfeito. Podemos dar uma panelada na cabeça dela, ela desmaia e arrastamos para Nova York, então fazemos eles se encontrarem. Sou demais, fala sério. — Mai se gabou.

— Uau, que plano perfeito! — Derick disse empolgado.

— Eu sei, Derick ! — ela ficou em pé em uma dancinha empolgada.

— Perfeito se você quer ser presa por tentativa de homicídio. Como vamos carregar uma pessoa desacordada pra Nova York? — falou sério.

Ela bufou e voltou a se sentar desapontada, enquanto Zoraida e Eddy riam.

Derick puxou Mai para seus braços e beijou seus cabelos.

— Mais alguma idéia... Que não envolva quase matar a Dul? — Eddy perguntou, Mai voltou a se sentar, antes de dar a idéia de amordaçá-la com Silver Tape e carregá-la para Nova York.

— Eu tenho uma idéia. Mai e Eddy vão pegar seus notebooks, Derick você pega o meu netbook porque não temos tempo de você ir à sua casa, tenho um plano que pode balançar a mente dela um pouco. — Zoraida falou sorridente. — Depois, pro meu quarto!

*

— Pronto gente, não chorem, titia Mai chegou junto com seus duendes. — Mai anunciou entrando no restaurante, sendo seguida por Zoraida, Dericke Eddy. Leah e Dul riram.

— Que vocês estão fazendo aqui? — Dul perguntou. — O restaurante já está vazio, estamos limpando tudo.

— Ouch, essa doeu, é assim que nos recebe? — Derick fingiu mágoa.

— Na verdade estamos indo pra casa do Derick, só passamos aqui para lhe entregar algo Dul. — Eddy sorriu e colocou um grande envelope pardo em cima da mesa. — Leia quando estiver em casa.

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