sᴇɢᴜɴᴅᴀ-ғᴇɪʀᴀ

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(Segunda-Feira.) 

Christopher acordou, fez a higiene matinal e tomou banho, então se sentou na cama com o notebook no colo. Sabia que tinha algo naquele dia, mas não conseguia lembrar-se o que, então entrou em site de fofoca famoso para saber o que estava esquecendo.

Mostrava logo no inicio uma foto do casal, abraçados, em algum tapete vermelho e embaixo a legenda.

"Parabéns ao casal – Hoje faz três anos do relacionamento bem sucedido entre a editora Anahi Uckermann e o fotógrafo e designer Alfonso Herrera. Um casal jovem, bonito e bem sucedido. Nosso exemplo, leia as 25 dicas para o sucesso no amor e carreira."

Christopher sorriu e abriu o e-mail, tinha que parabenizá-la.

De: Christopher Uckermann (Christopheruck@hotmail.com)

Para: Anahi Uckermann (Anahiuckermann@hotmail.com)

Assunto: Parabéns. Presente pra você!

Oi Anny, parabéns pelos três anos com o Ponccho. Diga que eu mandei parabéns a ele ok? Três anos te agüentando de livre e espontânea vontade? Ele devia ganhar um prêmio, isso sim.

Sei que, provavelmente, você está totalmente animada por ficar longe de mim, mas como eu sou um irmão muito bom resolvi te dar um presente: escrevi mais do que você imagina. Só estou mandando esse e-mail para te dizer que no fim do meu prazo o livro estará pronto. Então você não pegue nenhum livro para ser editora, ok? Quero você totalmente livre para o meu. E avise para o Poncho que ele é quem vai cuidar do design, capa, diagramação, essas coisas na qual ele é bom.

Estou com saudades. Amo você.

Depois apagou alguns e-mails de mulheres, spans, propagandas, então fechou tudo, inclusive o notebook, e jogou-se na cama. Ainda eram 11 horas da manhã, não podia ir almoçar agora por mais que quisesse muito. Não iria pra praia atrás da Dul, era capaz de ser acusado de perseguição em alguns dias, então tinha que esperar o tempo passar. Mas quanto mais queremos, menos ele passa. Christopher se espreguiçou e virou o rosto para o travesseiro, uma soneca não seria problema algum.

(...)

Dul estava servindo algumas mesas. O restaurante estava em horário de pico por ser almoço, uma hora da tarde. Ela atendia os clientes e ao mesmo tempo olhava a porta esperando a chegada de Christopher. Ele não tinha ido até a praia como tinha feito nos últimos e fez falta, então era esperar que ele fosse almoçar e assim passeariam juntos de barco. Por mais que tentasse seguir em frente sem se envolver muito, estava quase impossível. Não conseguia tirar a noite de sábado da cabeça, de pensar nos momentos que passou dançando com ele; suas mãos firmes em sua cintura, seu corpo colado contra o dele, aqueles lábios roçando em seu pescoço, as tentativas de beijá-la. Por mais que tivesse com mais álcool no sangue do que estava acostumada, conseguia se lembrar de cada segundo naquela boate.

Duas horas da tarde o ritmo do restaurante tinha diminuído, agora todos almoçavam. Dul voltou para o balcão e sentou-se no banco junto a ele, tamborilando os dedos e encarando-os, pensando se ele apareceria ou não e ao mesmo tempo brigando com si mesma por pensar nele.

— Dulce? Dulce..? — ela piscou forte e ergueu o rosto vendo Ninel lhe encarando divertida. — Pensando em que?

— Nada demais, apenas moscando. — Dul mentiu fazendo a madrasta rir.

— Você é uma péssima mentirosa, Dul. — Ninel disse sorrindo e se inclinou para ela. — Pensando no Christopher, querida?

— O que... — antes de terminar a pergunta lembrou-se. — Leah?

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