XXVII

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Nathaniel me deixou em casa tarde da noite, insisti que ele ficasse, mas ele não quis, não posso dizer que fiquei completamente feliz com isso, mas gostei da atitude dele. Conversamos mais um pouco por mensagens quando ele chegou em casa, mas ambos fomos dormir depois de um tempo. Depois dessa noite nós começamos a passar bastante tempo juntos, as semanas foram passando e ficávamos cada vez mais próximos, ele passou a vir me buscar em casa para irmos ao trabalho juntos e depois me trazia em casa, as vezes ele ficava por aqui e jogávamos vídeo game ou cozinhávamos juntos. Poucas foram as vezes que ele aceitou dormir aqui, mas quando aceitou virou minha cama de cabeça para baixo. Hoje nós vamos caminhar no parque durante a tarde, segundo Nathaniel, eu ando muito sedentária para quem trabalha em uma academia, então vamos dar um passeio e eu com certeza vou fazê-lo comprar sorvete pra mim.

- Oi linda! - Ele sorriu quando abri a porta pra ele.

- Oi lindo. - Lhe dei um selinho e sai trancando a porta atrás de mim.

- Pronta pra movimentar esses pernões? - Ele caminhou ao meu lado até o elevador.

- Preferia que você me movimentasse na cama. - Falei como se fosse nada e andei mais rápido na frente dele.

- Você solta uma dessas e depois não me aguenta. - Ele segurou minha cintura e deu uma mordida em meu ombro.

- Eu não aguento? - Lhe dei uma olhada maliciosa. - Podemos fazer um teste depois.

- Eu adoraria. - Ele deu uma risadinha.

Saímos do elevador e seguimos andando até o parque, uma péssima ideia por que eu já cheguei cansada. Nathaniel ria da minha cara enquanto eu colocava meus pulmões para fora do corpo.

- Meu diafragma não se expande mais do que isso. - Respirei fundo.

- Meu Deus. - Ele pôs a mão na barriga e riu mais de mim. - Não era essa a energia que eu queria ver.

- E que energia você queria meu anjo? Minha testa é grande, mas não é um painel solar.

- Com esse cabeção, bem que cabia. - Eu o olhei indignada e ele riu ainda mais.

- Aí te odeio, to cansada. - Sentei em um dos bancos do parque.

- Pra onde foi toda aquela energia que você tem quando estamos na cama? - Ele susurrou em meu ouvido.

- Eu guardo pra usar lá. - Pisquei pra ele.

- Acho que você precisa de uma motivação. - Ele fez bico.

- Eu preciso que você me deixe em paz, só isso.

- Eu nunca vou te deixar em paz, fofa. - Nathaniel mordeu minha bochecha.

- Tinha esquecido de como você é bom em encher o saco dos outros. - Revirei os olhos.

- Isso eu aprendi convivendo com você e com o Castiel.

- Até parece.

- Falando no Castiel, cadê ele? - Já fazia uma semana que Castiel não dava as caras em lugar nenhum.

- Trancado no apartamento, no meio do processo criativo dele. - Eu ri. - Ele só vai sair de lá depois que terminar a música.

- Faz sentido. - Ele disse pensativo. - Ele também costumava faltar dias na escola.

- Eu me lembro. - Dei um longo suspiro. - Não quero mais andar, meus pés doem.

- Você anda de salto e seus pés não doem, uma caminhada te deixa desse jeito? - Ele provocou.

- Ainda bem que você entendeu. - Ri da cara que ele fez.

- Tá bom! - Ele revirou os olhos e virou de costas pra mim. - Sobe aí.

Back to me - Nathaniel Onde histórias criam vida. Descubra agora