Abri meus olhos lentamente e percebi ainda estar com Nathaniel, peguei no sono sem perceber. Minha cabeça estava apoiada em seu peito que subia e descia calmamente enquanto ele ainda dormia, já devia ser tarde da noite, pois o quarto estava um breu. Uma mão dele segurava a minha cintura e a outra estava apoiada em meu ombro, as tirei lentamente de cima de mim e me levantei devagar. Tateei seu guarda roupas em busca de uma camisa e o chão em busca da minha calcinha, mas não a encontrei e por isso peguei uma cueca dele para vestir. Sai do quarto na ponta dos pés e fechei a porta para não acordá-lo, encontrei branca brincando em sua casinha e vi que sua vasilha de comida estava vazia.
- Que dono legal você arranjou en, te troca por mim. - Deslizei minha mão pelas costas da gatinha e ela se esticou toda.
Fui até a cozinha procurar os sachês de comida dela, abri quase todos os armários antes de perceber que ele os deixava bem em baixo da pia. Peguei um e despejei na vasilha de Branca, ela correu para perto e começou a comer. Pobrezinha, estava com fome.
- Não se engane com ela. - Me virei e vi Nathaniel escorado na porta de seu quarto. - Ela sempre está com fome.
- Parece que sim. - Me levantei de perto de Branca e caminhei até ele.
- Por quê levantou? - Ele se espreguiçou, estava só de cueca.
- Não queria te acordar. - Abracei seu tronco.
- Hum. - Ele desceu a mão até minha bunda e a apertou. - Não quer voltar pra lá?
- Acho que você precisa de um descanso. - Dei um sorriso e sai de seus braços. - Que horas são?
- Uma da manhã. - Ele entrou no quarto e saiu vestindo sua bermuda. - Acho que você deve ter procurado isso aqui. - Mostrou minha calcinha estendida em seu dedo.
- Sim! - Tentei pegar, mas ele levantou o braço.
- Acho que vou ficar com ela. - Pôs a calcinha no bolso. - Achei bonita.
- E eu vou ficar com sua cueca é?
- Fica melhor em você do que em mim.
Andei até a cozinha e procurei algo no armário para comermos, mas foi na geladeira que achei uma lasanha congelada, pus no forno e voltei para sala. Nathaniel havia ligado a televisão e Branca estava deitada em cima dele.
- O que estão vendo? - Me sentei ao seu lado.
- O aquário da cidade foi reaberto. - Ele disse animado.
- E desde quando aqui tem um aquário?
- Passou décadas fechado, o novo prefeito prometeu que reabriria e cumpriu a promessa.
- Que bonitinho os peixinhos. - Falei enquanto o repórter caminhava pelo corredores e mostrava grandes aquários.
- Essa semana ele está aberto vinte e quatro horas, para promover a atração. Quer ir lá? - Nathaniel perguntou.
- São uma da manhã!
- Você sabe o que "open 24h" significa? - Ele me olhou com tédio.
- Só saio daqui depois que comer minha lasanha. - Levantei para tirar a lasanha do forno.
- Tem suco de uva na geladeira. - Ele gritou da sala.
- Você quer lasanha? - Perguntei enquanto pegava pratos no armário.
- Quero.
Pus lasanha em dois pratos e levei até a sala, comemos enquanto Nathaniel dizia que iríamos ao aquário e seria muito legal. Eu tentei discordar, mas acabei cedendo, trocamos o dia pela noite e agora eu não estou com um pingo de sono. Terminamos de comer e eu fui pôr minha roupa novamente, Nathaniel parecia uma criança que estava fazendo algo pela primeira vez na vida.
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Back to me - Nathaniel
FanfictionAfoguei no seu mar, quero ser o seu par, você é ímpar. Primeiro livro da série de Amor doce.