XLVI

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Nathaniel dormia profundamente quando eu despertei, seu braço e sua perna pesavam sobre mim, ele dormia tão bem, tão sereno, não tive coragem de acorda-lo. Tirei ele de cima de mim e me levantei, o dia estava tão frio que o parapeito das janelas estava cheio de neve, o frio era de congelar a espinha. Levantei de mansinho para ir ao banheiro, rapidamente fiz minha higiene e corri para preparar algo quente na cozinha, nos armários encontrei caldos em pó, e na falta de tempo para fazer uma sopa de verdade, preparei eles.

Eu sabia que Nathaniel gostava de caldo de cebola, então fiz para ele e preparei o de batatas pra mim, fiz chocolate quente e esquentei alguns pães de queijo no forno, o hotel havia deixado os armários e a geladeira cheia, por que o chalé onde ficamos é o mais afastado, então seria difícil para os funcionários levarem serviço de quarto e para os hóspedes irem ao restaurante. Depois que pus a mesa, fui acordar Nathaniel, ou a comida esfriaria, mas quando entrei no quarto, ele não estava lá.

- Bom dia linda! - Ele apareceu atrás de mim.

- Que susto. - Dei um pulo e me virei para ele.

- Desculpa. - Ele riu e me deu um beijo na cabeça. - Acordei com o cheiro de sopa de cebolas.

- Eu vim te acordar justamente pra comer. - Sorri e me sentei na cama.

- Preocupada comigo? - Ele se abaixou pra pegar uma camisa na mala.

- Só não queria que a sopa esfriasse.

- Hum. - Ele sorriu enquanto procurava uma roupa.

- O quê?

- Você dormiu bem?

- Sim e você?

- Estando com você na cama, quem não dormiria? - E lá estava o sorriso sacana de novo.

- Eu sou uma benção mesmo.

- Que, graças a Deus, recaiu sobre a minha vida. - Ele finalmente achou a camisa.

- O que vamos fazer hoje? - Me levantei da cama e virei de costas pra ele, em parte pra esconder minha cara de vergonha, em outra pra dobrar os lençóis.

- Bem, desse jeito que você tá, muitas ideias passam pela minha mente, mas acho que nenhuma delas vai ser aceita por você. - Virei um pouco minha cabeça para o lado e pude ver ele encarando minha bunda.

- Sempre muito sutil. - Virei de frente pra ele e me abaixei pra pegar um dos travesseiros.

- Olha, eu não sei se você já tem noção disso, mas seus peitos também cresceram. - Ele riu e lambeu os lábios. - E essa posição favorece bastante minha visão.

- Se não fosse você, eu já teria te dado um tapa. - Terminei de arrumar a cama.

- Você é atraente pra mim de todo jeito, mesmo babando de madrugada. - Ele soltou uma risada.

- Eu não babo. - Olhei feio pra ele.

- Eu não ligo. - Ele deu de ombros. - Continua linda e gostosa.

- Vamos comer. - Levantei rápido e fui pra cozinha.

- Tudo bem. - Ele riu e veio andando atrás de mim.

- Você não disse o que vamos fazer hoje. - Voltei ao assunto quando sentamos para comer.

- Acho melhor você escolher, tudo que eu quero é inapropriado para o momento. - Ele deu uma colherada na sopa.

- Eu não tô com vontade de esquiar hoje. - Fiz beicinho e peguei um pão de queijo.

- Então vamos fazer outra coisa.

Back to me - Nathaniel Onde histórias criam vida. Descubra agora