LIII

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- Como assim os seus pais querem falar comigo? - Ele me encarou atônito.

- Nós estamos namorando a um tempo, eles querem que eu te leve lá. - Ele engoliu em seco.

- Estou nervoso.

- Como se você nunca os tivesse visto antes, né? - Rolei os olhos.

- Isso foi no ensino médio, agora as coisas são diferentes.

- Da no mesmo. - Dei de ombros e bebi meu café.

- Quando eles querem que eu vá?

- No almoço de Natal.

- Sua família inteira vai estar lá, não é?

- Na verdade não, só minha irmã com a minha sobrinha.

- Menos mal. - Ele relaxou na cadeira. - Seu pai vai me odiar de novo, vou tirar os brincos.

- Não vai tirar nada, você tem que ir como você é agora.

- Vou ser expulso.

- Deixa de ser besta, eu já estou namorando você, eles não vão mudar nada.

- Vou comprar uma roupa nova.

- Sério isso? - Ele assentiu. - Você que sabe. - Eu ri.

- Preciso ir em casa, ta tudo uma bagunça lá. - Ele se levantou. - Vai precisar de mim pra algo hoje?

- Acho que não. - Lhe dei um beijo. - Vou passar o dia em casa.

- Tudo bem. - Ele caminhou até a porta. - Te amo.

- Também te amo.

Nathaniel foi embora e eu voltei para a cama, os dias estavam sendo cansativos e eu precisava de um descanso, dormir o dia todo seria uma  ótima opção. As semanas foram passando e a véspera de Natal chegou,  meu namorado se encontrava andando de um lado para o outro na minha sala, completamente nervoso, esperando eu ficar pronta para sairmos.

- Fica calmo.

- Não tem como, eu já tentei. - Ele agarrou o volante do carro com força.

- Ta bom então. - Dei de ombros e me encostei no meu banco.

Chegamos na casa de meus pais em algumas horas, eles haviam se mudado para a cidade vizinha assim que meu pai se aposentou. A casa estava barulhenta, com minha sobrinha correndo atrás dos cachorros e a mãe correndo louca atrás dela. Nathaniel desceu do carro enxugando as mãos na calça jeans, abriu a porta de trás para pegar uma caixa de chocolate que havia comprado para minha mãe e um Whisky de um milhão de anos que tinha comprado para o meu pai, é isso aí meus amigos, já começou puxando o saco dos sogros.

- Filha! - Minha mãe veio me receber de braços abertos.

- Oi mãe. - Lhe abracei. - Que saudades.

- Oi Nathaniel. - Minha mãe o puxou para um abraço.

- Oi Dona. - Ele abraçou minha mãe e lhe entregou a caixa com chocolates.

- Rafaellos, meus preferidos. - Ela sorriu e o agradeceu.

- Ária! - Meu pai apareceu sorrindo.

- Oi pai! - Corri para lhe abraçar.

- Que saudade minha filha. - Ele disse ainda sem me soltar.

- Também estava, pai. - Lhe soltei e olhei para Nathaniel que quase se encolhia atrás de mim. - Pai, o senhor já conhece o Nathaniel.

- É um prazer revê-lo senhor Langford. - Nath estendeu a mão para meu pai.

- É bom te ver rapaz. - Meu pai apertou a mão dele. - Esse Whisky é pra mim? - Ele sorriu.

Back to me - Nathaniel Onde histórias criam vida. Descubra agora