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O mês passou voando, e já estávamos nos aproximando do Natal, eu estava de férias, mas meus dias estavam longe de ser calmos. Com a reforma da minha clínica e os preparativos para as festas de fim de ano, eu mal tinha tempo de pegar no celular e responder as mensagens das pessoas. Após voltar de mais um de minhas muitas idas ao meu futuro local de trabalho, finalmente tive um tempinho de descansar minha coluna no sofá, cansada demais, mas muito feliz e realizada. Estava entediada, mudando os canais de televisão, quando a campainha tocou.

- Oi amor! - Sorri ao ver Nathaniel todo lindo do outro lado da porta. - Como ta lindo!

- Gostou?! - Ele sorria igual um bobão. - Saí uma hora mais cedo só pra te mostrar. - Ele entrou desfilando.

- Gostei até demais. - O olhei mordendo os lábios.

- Não brinque com meu coração desse jeito. - Ele pôs a mão no peito e se inclinou pra me beijar.

- Ansioso pra o seu primeiro dia de trabalho? - Entreguei um copo de água a ele, eu não sou o tipo de namorada que vigia o celular, eu fiscalizo os rins.

- Estou nervoso - Ele respirou fundo. - Será que vou saber o que fazer?

- No primeiro dia? Claro que não. - Ele me olhou assustado. - Mas vai pegar o jeito bem rápido.

- Sempre bem realista. - Ele puxou meu cabelo.

- Você vai se dar bem nisso. - Lhe dei um abraço. - E ficou gostoso demais com essa roupa. 

- Posso vir aqui depois do trabalho, pra você tirar ela. - Ele mordeu meu lábio.

- Eu adoraria que você me mostrasse como se usa essas algemas.

- Mulher, você não brinca com fogo. - Nath agarrou minha cintura e me beijou. - Mas eu posso te mostrar agora.

- Como assim? - Minha mente não teve muito tempo de assimilar quando ele segurou meu braço e me virou de costas. Quando menos percebi, as algemas estavam em meus pulsos, Nathaniel com certeza vai se dar bem nesse emprego.

- Te prendi. - Susurrou em meu ouvido.

- Devia ter guardado essa surpresa para hoje a noite. - O olhei de lado.

 - O olhei de lado

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- Você é má. - Ele soltou minhas mãos.

- Não sou não. - Fiz beicinho.

- Preciso ir. - Ele estufou o peito e respirou fundo. - Não posso me atrasar no primeiro dia.

- Vai lá e quebra tudo. - Lhe dei um beijo.

- De noite eu volto. - Ele apertou minha bunda e sorriu.

- Vou estar esperando.

Nathaniel foi embora e eu voltei para o meu sofá, estava tão cansada que nem vi o tempo passar, haviam muitos motivos para estar feliz, todos os planos caminhando bem, tanto para mim quanto para o Nathaniel. Ele andava um pouco estranho, já estávamos quase completando oito meses juntos e ele havia falado algumas vezes em casamento, alianças e sobre falar com meus pais, na maioria das vezes eu não sabia se ele estava realmente falando sério, mas agora a ideia não saía da minha cabeção. Seria bom ter uma vida com ele, morar juntos e ter com quem conversar quando voltasse estressada do trabalho, eu poderia até adotar um cachorrinho. Me levantei quando meu telefone tocou.

Back to me - Nathaniel Onde histórias criam vida. Descubra agora