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— Eu vou voltar! — se aproximou dela e colocou a mão em sua barriga. — Eu posso ver nascer?

Inês no mesmo momento olhou para o homem a seu lado entendendo perfeitamente o que o mais novo dizia e ele rompeu o riso levando uma mão a boca para se controlar.

— Eu acho melhor os dois irem embora agora!

Eles saíram com Alejandro dando tchau com a mão para ela e Inês sentou sentindo ainda as pontadas no pé da barriga, olhou o pequeno cãozinho todo amuado sobre a maca e o tocou acariciando sua cabeça.

— Me de mais alguns minutos e eu já cuido de você coisa fofa! — sorriu. — Amorinha, você está muito agitada hoje. — falava enquanto acariciava a barriga.

Dulce veio até a sala dela depois de fazer o cadastro com Alejandro e o pai e se encostou na parede para dizer.

— Você viu o tamanho daquele homem? — fez bico e se abanou.

— Só tem tamanho mesmo por que é um egocêntrico! — desdenhou. — Precisava ver como ele falou comigo e o pior de tudo foi que ele me comparou a uma égua! — fazia gesto com a mão.

— E você não disse nada? — cruzou os braços.

— Como poderia dizer se o filho dele me perguntou se poderia ver nascer! — apontou para a barriga. — Eu só os mandei embora!

Dulce começou a rir por imaginar a cena dos dois com ela e Inês jogou uma luva nela porque não tinha sido nada engraçado ser comparada a uma égua pronta para parir, respirou fundo percebendo que sua amiga não pararia de rir e virou ficando de costas para não se contagiar com o riso dela.

— Se o pai é quem vai fazer o parto, eu aceitaria. — riu mais.

— Você deveria se preservar ou Caio não vai querer nada com você! — alfinetou sabendo que somente assim ela a deixaria em paz.

Dulce fechou a cara no mesmo momento.

— Você não sabe brincar! — saiu e ainda bateu a porta com uma cara bem feia.

Inês olhou para trás e começou a rir negando com a cabeça porque era só falar de seu pretendente que ela mudava completamente o humor, achava bonito como a amiga era apaixonada por Caio, mas também tinha a plena convicção em seu coração que esse sentimento era somente para os outros. Ela iniciou seu trabalho deixando de lado seus pensamentos e conforme as horas iam se passando, ela foi cuidando de outros animais pequenos que os moradores traziam para ela e na hora do almoço quando se preparava para ir, o telefone tocou.

— Amor de Inês, boa tarde?! — Dulce atendeu.

— Boa tarde, Dulce!

Inês que esperava para que pudessem ir almoçar estranhou como ela arregalou os olhos.

— C-Caio! — gaguejou e Inês segurou o riso. — Em que podemos ajudar?

— Eu sei que é hora do almoço de vocês e já peço desculpa por atrapalhar, mas estou com uma emergência grande na fazenda Las dianas e preciso da ajuda de Inês!

— O que aconteceu? — chamou a amiga com a mão para que se aproximasse.

— Um dos melhores cavalos do dono torceu a pata enquanto ele cavalgava e eu estou cuidando da vacinação de duzentas cabeças de gado aqui na cidade vizinha e não posso ir. — explicou. — Pergunte se Inês pode me cobrir?

— Só um momento! — tapou o telefone para falar com ela. — Um dos cavalos daquela fazenda Las Dianas torceu a pata e Caio precisa que você vá até lá porque ele esta na cidade vizinha!

— Diga que vou! — concordou no mesmo momento!

Dulce falou novamente com Caio que deu algumas instruções a ela e Inês pegou tudo que precisava para ir.

— Inês, você precisa comer antes de ir! — parou na frente dela que já estava pronta para sair.

— Eu como depois! — olhou a bolsa mais uma vez. — Esse cavalo deve estar sentindo dor e eu preciso chegar o mais rápido possível.

— Vai de bicicleta? — cruzou o braço não deixando que passasse. — Seu carro está no conserto e se é que podemos chamar de carro!

— Não fale assim do meu carro por que ele me ajuda muito nas horas que mais preciso! — arrumou a bolsa no ombro. — Vou pedir para o Juquinha me levar.

Inês beijou seu rosto e saiu apressada para pedir à carona que não foi negada e assim ela seguiu rumo a fazenda. Quando chegou a fazenda, sua entrada foi liberada e ela agradeceu a Juquinha pela carona com um lindo sorriso.

— Como pensa em voltar pra cidade? — questionou.

— Eu dou meu jeito! — arrumou a bolsa novamente no braço. — Alguém aqui pode me levar ou eu roubo um carro! — brincou.

— Se ficar tarde de mais você me liga que eu venho te buscar! — se prontificou a ajudar.

— Obrigada! — sorriu mais uma vez e caminhou para falar com um dos homens e ele se foi. — Eu vim cuidar do cavalo no lugar do Caio!

Ele concordou com a cabeça e caminhou ao lado dela.

— Me chamo Benito e o que precisar é só pedir! — se prontificou a ajudar por ver o tamanho de sua barriga.

— Eu agradeço e se puder me trazer algo pra comer, eu ficarei grata! — já que ele queria ajudar, era o que precisava naquele momento. — Eu estava saindo para almoçar quando solicitaram meus serviços e eu não posso ficar sem comer! — apontou para barriga sabendo que era assim que iria convencê-lo.

— Eu vou pedir para Jacinta fazer algo bem gostoso para a senhora!

Inês agradeceu e eles chegaram ao estábulo onde o cavalo estava e ela com a ajuda de outro homem começou a examinar a pata do cavalo que relinchava sentindo dor.

— Calma que a dor já vai passar! — acariciou o pelo dele toda carinhosa.

Ela preparou a medicação necessária para que ele não sentisse dor e imobilizou a pata com cuidado. Inês olhou no relógio e passou a mão na testa suada e ao se levantar sentiu uma tontura forte junto a vontade de vomitar, segurou na parede com a mão, mas tudo foi ficando escuro com ela tendo tempo apenas de segurar a barriga caindo no feno.

 Inês olhou no relógio e passou a mão na testa suada e ao se levantar sentiu uma tontura forte junto a vontade de vomitar, segurou na parede com a mão, mas tudo foi ficando escuro com ela tendo tempo apenas de segurar a barriga caindo no feno

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Mais um para que vocês possam sentir a energia dessa historia!!!

Um beijo no coração Déh!

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora