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— Vamos conversar agora mesmo!

Ela riu com puro deboche de sua cara e não pensou muito e simplesmente deferiu uma bofetada em sua cara.

— É só isso o que temos pra conversar e se insistir eu chamo a polícia! — gritou saindo dali.

Matias olhou bem na cara dele e começou a rir por ver o vermelho tomar conta de sua face, mas não ficou muito e saiu atrás de Inês para se despedir, ela parou próximo ao carro e ele se aproximou rindo.

— Papai, eu preciso ir... — arrumou os cabelos, não queria o desprazer de ter que trocar nenhuma palavra com aquele homem.

— Nos vemos a tarde e eu vou comprar um presente bem lindo pra minha netinha! — estava todo emocionado por ser avô.

— Eu te espero! — o abraçou forte e sem ter tempo de ir Vicente se aproximou.

— Inês, eu estou tentando resolver as coisas com tranquilidade, mas você não quer facilitar!

— Vá para o inferno Vicente e se tanto quer fazer seu papel de pai, vá a justiça que eu terei o maior prazer em contar pro juiz o tipo de pai arrependido que você se tornou e que só engana pessoas do seu caráter! — era uma clara alfinetada em Lia.

— Ele errou, mas merece uma segunda chance! — deu um passo para se aproximar dela o defendendo.

— Aí mamãe, por favor! — revirou os olhos. — Pior cego é aquele que não quer ver, mas se tanto acredita nele e o defende. Você mesma poderia ser sua advogada! — riu com sarcasmo.

— Você me respeite! — apontou o dedo para ela.

— É você quem deveria ter me respeitado, mas ao contrário disso só me decepciona ficando ao lado desse patife! — trincou os dentes ao terminar.

— Vamos conversar Inês e assim você pode me entender! — implorou.

— Não tenho nada pra falar com você! — pegou a chave do carro de dentro da bolsa. — Volte por aonde veio e esqueça que tem uma filha, assim como esqueceu há meses atrás quando te disse que estava grávida!

Inês olhou para o pai que sorriu para ela e entrou no carro saindo dali cantando pneu, Lia olhou para o marido que sorria satisfeito com o que tinha presenciado e ouvido.

— Você bem que podia ter colaborado um pouquinho para que ela o ouvisse ao menos! — cruzou os braços.

— Eu não vou atrapalhar a vida da minha filha, ela está feliz com a vida que tem aqui e até noiva está! — mentiu porque assim seria mais fácil de Vicente sair do pé dela e tinha certeza que Victoriano o ajudaria nisso.

— Como assim noiva? — Vicente não gostou nada do que ouviu.

— Inês só pode ter ficado louca!

— Louca está você que não se ouve e te digo mais! — se aproximou dela. — Nunca mais fale do nome da minha neta!

— Minha filha não vai ter outro pai que não seja eu! — interrompeu os dois que o olharam. — Eu sou o pai dela e Inês não vai me tirar esse direito!

— Pois então vamos a justiça para que você pague a pensão como se deve e daqui há alguns anos consiga ficar com ela um final de semana por mês! — o olhava nos olhos. — Por que nesse momento o único que vai conseguir é algumas horinhas para estar ao lado dela ou você pensou que ao estar aqui a minha filha ia cair ao seus pés e rogar seu amor novamente? — riu da cara dele. — Você é um idiota!

Vicente passou as mãos no cabelo porque era exatamente o que ele queria ao estar ali, mas descobrir que Inês estava noiva era um banho de água fria e seria muito mais difícil para conquistar seu perdão e tê-la novamente. Matias não esperou sua resposta e saiu caminhando de volta para o hotel, iria ficar ali por mais algumas horas e logo sairia ao encontro de sua neta, isso era o que mais importava naquele momento.

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora