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— Sai do meu quarto! — repensou um pouco onde estava. — Não! Eu vou sair porque esse quarto é seu! — foi pra pegar Amora e ele a trouxe para si.

Os olhos se encontraram com ele segurando seu punho e a outra mão estava em suas costas os deixando grudados.

— O que quer de mim teimosa?!

Eles estavam tão próximos que podiam sentir a respiração um do outro, respiraram na mesma sintonia e ela abriu um pouco os lábios para falar.

— Não me chama de teimosa! Eu não sou teimosa!

— E como quer que te chame? Ciumenta? — riu.

— Aaah Victoriano, seu... — não terminou por ouvir um resmungo mais alto de Amora e ambos olharam na direção da cama e ela chupava os dedos com vontade, mas logo os olhos se encontraram novamente e eles se perderam no vasto sentimento que os inundavam dia a dia.

Era mais forte que eles e não conseguiam se quer se afastar e ali se mantiveram um no olhar do outro, mas sabendo que Amora queria atenção.

— Depois conversamos... — tinha o coração acelerado e se arriscou a juntar seus lábios nos dela num pequeno roce.

Victoriano sabia que não deveria fazer, mas Inês estava mexendo tanto com seus sentimentos que acabou por não resistir e ela tão pouco se afastou por sentir o afago de seus lábios quentes. As mãos dela foram a seu rosto para que ele não fugisse e ele a apertou levando uma mão até sua nuca, o beijo começou calmo com eles apenas sentindo os lábios e ele a envolveu mais em seus braços buscando sua língua.

Inês sentiu o corpo vibrar e se deixou envolver ficando na pontinha dos pés deixando o beijo ainda mais intenso os fazendo suspirar de paixão. Os corpos se apertavam com afinco e se pudessem seriam um só somente para não se soltar, mas o ar faltou e eles se afastaram com ela dando um longo passo para trás levando a mão aos lábios sem saber como reagir.

Victoriano respirava fundo sem tirar os olhos dela e ela o olhou.

— Não pense que por que me beijou, eu vou esquecer o que vi e esse seu sorrisinho! — foi teimosa como sempre era e ele riu.

— Eu te beijei? — provocou.

— Eu é que não fui! — negou com a cabeça.

Ele foi para se aproximar novamente, mas Amora começou a chorar enquanto chupava a mãozinha nervosa e Inês se aproximou a pegando rapidamente para que ele não a beijasse de novo.

— Quando estiver mais calma conversamos! — se aproximou das duas e tocou os cabelinhos de Amora. — Ela mamou todo o leite que você deixou, mas não foi o suficiente e ela não quis ficar no colo de ninguém...

— Exceto da sua veterinária! — fez bico.

Ele não conseguia segurar o riso quando ela falava daquele jeito e isso a deixava mais brava ainda.

— Não ria Victoriano ou eu vou acertar o meu sapato na sua cabeça!

— Só foi um minutinho que eu a deixei em seu colo e você chegou, não precisa ter tanto ciúmes da gente! — não tirou o ar de riso do rosto e ela se afastou pra pegar a sandália que estava no chão.

— Sai daqui seu convencido! — se armou toda e ele gargalhou, mas foi indo para trás porque sabia muito bem do que ela era capaz. — Bobão.

— Ciumenta! — gargalhou mais ainda e saiu pela porta vendo a sandália voar na parede. — Eu volto quando estiver mais calma! — colocou somente a cabeça dentro do quarto novamente e ela só faltou gritar se não estivesse com a filha nos braços e ele se foi rindo.

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora