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Vicente a olhou ir e tocou o braço sentindo dor e a raiva estava estampada em sua face, mas se Inês pensava que assim iria impedir que ele estivesse com a filha, ela estava muito enganada. Dulce chegou a fazenda poucos minutos depois e encontrou com Victoriano na porta, se olharam e ela apenas o cumprimentou formalmente, mas ele sentiu a necessidade de falar.

— Por que sempre me trata com hostilidade?

Ela parou e o olhou.

— Porque se caso não der certo com minha amiga, é mais fácil te odiar! — deu um sorriso sarcástico.

— E o que não daria certo entre a gente? — cruzou os braços a espera da resposta.

— Não se faça de bobo porque até Amora já percebeu o que sentem um pelo outro! — não se intimidou com a cara feia que ele fez.

— Acho que está enganada ao pensar desse modo! — descruzou os braços. — Eu estou apenas cuidando dela nesse momento difícil, eu sou apenas amigo de Inês.

Ela levantou o braço em rendição para não seguir com aquele assunto ou Inês poderia aparecer e não gostar nada daquele papo dos dois.

— É difícil admitir os sentimentos quando se está tão machucado! — se aproximou um pouco mais dele. — Mas ainda assim continuo de olho em você!

Inês apontou no topo da escada e os viu se afastar como se cochichassem algo que ela não poderia saber e ela se fez presente rapidamente e eles a olharam, tinha deixado Amora dormindo no quarto. Victoriano deu privacidade a elas e subiu para o quarto, dentro de alguns minutos o jantar já seria servido e ele não queria se atrasar, Inês puxou a amiga para o sofá e se sentaram.

— Que casa enorme! — estava espantada pelo tamanho.

— É porque não viu o tanto de quarto que tem lá em cima! — riu.

Dulce correu os olhos por alguns segundos naquela sala e logo a olhou segurando em sua mão.

— Depois me mostra o quarto, mas agora precisa saber que Vicente estava na porta de sua casa!

Inês respirou fundo apertando os lábios e a raiva tomou conta de seu interior mais uma vez, Vicente estava mesmo disposto a não dar paz para ela depois de tudo que havia feito.

— Eu já o encontrei e por isso estou aqui! — contou. — Ele veio com meus pais! — estava decepcionada com eles.

— Inês, você fez muito bem em vir pra cá! — segurou a mão dela. — Victoriano é o único que pode te proteger nesse momento!

— Eles chegaram tão de repente que eu só pensava em proteger a minha filha e aqui estou eu! — deu um meio sorriso. — Ele me deixou dormi no quarto dele! - contou baixinho para que ninguém ouvisse.

Dulce abriu e fechou a boca com aquela notícia, mas logo sorriu largamente.

— Inês, quem diria que você fosse superar tão rápido e já dormir com ele! — riu mais ainda. — Você, Amora e ele na mesma cama?

Inês negou com veemência as palavras dela porque aquilo nunca iria acontecer mesmo eles estando tão próximos e com sentimentos que nem conseguiam decifrar.

— Não diga bobagens que ele nem me olha assim! — arrumou o cabelo. — Imagina que um homem daquele tamanho vai olhar pra mim ou me levar pra cama!

— Não se subestime minha amiga, eu sei que agora você está toda aí com a alto estima baixa pelo parto, mas logo você perde todos os quilos que ganhou e pode...

— Para com isso e não diga mais nada ou alguém pode ouvir! — corou. — Ele é somente um bom amigo e assim vai continuar a sendo!

— Tá bom! Aquele homem nunca foi tão generoso ou pelo menos nunca mostrou toda essa generosidade com ninguém. — foi firme. — Nunca o vi trazer ninguém que estivesse em perigo para dentro de sua casa e com você...

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora