22

1K 92 236
                                    

Dulce concordou e assim a ligação foi encerrada, ela olhou para a cama e Amora estava acordada, se aproximou e pelo modo como estava ela não tinha acordado naquele momento e muito menos estragado o seu momento com Victoriano. Dulce não demorou muito a chegar, subiu junto com Clarisse que a deixou na porta do quarto e se retirou, ela bateu ouvindo a voz de Inês e entrou já com um sorriso escancarado no rosto.

Inês estava sentada na cama apenas de roupão e sabia que viria uma série de perguntas, provocações e ela apenas esperou que ela se aproximasse da cama. Dulce a beijou deixando a bolsa ao lado da cama e beijou os cabelinhos de Amora que mamava de olhinhos abertos, não tinha dormido desde o momento em que Victoriano ainda estava naquele quarto.

— Trouxe tudo que me pediu e uma lingerie nova que comprei no caminho da sua casa! — riu provocativa. — É aqui que ele dorme? — nem se atreveu a sentar.

— Dulce, pra que lingerie se eu nem depilada estou? — negou com a cabeça. — Não vou fazer nada assim!

— Meu Deus, Inês Huerta! — levantou as mãos para o céu. — Amanhã mesmo vamos na cidade e eu vou pagar um ano de depilação, assim você não perde chance!

Inês tocou o cabelinho da filha e suspirou lembrando-se do que quase tinha acontecido e seu corpo mais uma vez estremeceu. Victoriano estava revivendo a mulher adormecida dentro de si e mesmo com um banho não tinha melhorado o calor que sentia.

— O que aconteceu? — levou as duas mãos na cintura por vê-la perdida em seus pensamentos. — Você não fica quieta diante das minhas provocações!

Dulce a conhecia muito bem e se ela não tinha retrucado nenhuma de suas provocações é porque algo tinha acontecido ou estava para acontecer e Inês iria contar tudo naquele momento.

— Aain Dulce! — suspirou levando uma mão ao rosto.

— Você quer e por isso não negou! — riu. — Meu Deus, minha amiga vai romper o celibato!

— Para com isso e fala baixo! — moveu as mãos impaciente.

— Então me conta tudo ou eu vou lá falar com ele em! — provocou.

Inês a puxou para sentar e ela negou porque não iria sentar na cama de Victoriano Santos, mesmo que essa cama também fosse de sua amiga.

— A gente se beijou... — fechou os olhos esperando o impacto de suas palavras nela.

Dulce arregalou os olhos e segurou o grito, mas não deixou de pular dando gritinhos de felicidade e Inês teve que rir do jeito menina de ser e que ela adorava. Dulce se controlou como conseguiu e ajoelhou em suas pernas para ouvir tudo.

— Me conta tudo! — cheirou sua afilhada sem tirar os olhos dela.

— Dulce, eu nem sei como explicar ou contar pra você ou eu vou... — mordeu os lábios a olhando.

— Foi tão bom assim? — o sorriso era o maior.

— Foi o melhor beijo que já ganhei em minha vida e duvido que alguém algum dia possa superá-lo! — sorriu lindamente. — Dulce, ele usou as mãos dele no meu corpo e eu parecia uma esfomeada pedindo pra transar! — ruborizou.

Dulce gargalhou e Amora se assustou chorando no mesmo momento.

— Desculpa! — a pegou dos braços de Inês ficando de pé. — Dindinha é doida! — a beijou deitando em seu peito e ela se alinhou suspirando. — Olha o que me fez fazer!

Inês ficou de pé rindo e olhou a filha que chupava sua chupeta quase dormindo, estava tão tranquila que a fazia estranhar.

— Você é escandalosa de mais!

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora