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— Papai que bom que chegou! — sorriu todo animado e o pegou pela mão. — Vem vê como Amora é linda!

Entraram e assim que esteve na pequena sala, seus olhos se encontraram com os dela... Victoriano nos segundos que esteve ali preso em seus olhos a analisou por completo e percebeu que ela não estava bem somente pelo modo como respirava, era um homem que conseguia entender as pessoas somente em uma pequena análise e algo de errado tinha com Inês e ele iria descobrir o que era.

Alejandro o puxou para que ele parasse em sua frente e ela abaixou o olhar envergonhada, estava com os cabelos presos de qualquer jeito e se quer tinha conseguido tomar um banho descente por Amora não deixar.

— Olha como ela é linda, papai! — estava apaixonado por Amora.

Victoriano ajeitou as calças e abaixo ficando com as pernas dela entre as suas, mas não se encostaram em momento algum, seus olhos foram a neném e depois novamente a ela. Inês o olhou por completo e não pode deixar de sentir o cheiro de seu perfume que muito lhe agradou por ser suave e gostoso de sentir.

— Você está bem? — a mão automaticamente foi ao rosto dela.

Inês sentiu todo seu corpo tremer e os olhos se encheram de lágrimas dando a certeza de que nada estava bem.

— Vocês estão bem? — tornou a repetir a pergunta. — Está precisando de algo?

Inês não queria se queixar para ele, mas estava difícil se acostumar a rotina de mãe e muito mais difícil por estar sozinha, queria gritar para mãe vir a socorrer, mas era um risco desnecessário que ela não queria correr.

— Estamos nos adaptando a rotina que é ter uma a outra, mas se disser que está sendo fácil: Não está! — negou com a cabeça deixando que uma lágrima rolasse por seu rosto.

Victoriano se preocupou no mesmo instante com as duas e rapidamente secou as lágrimas que ela tentava controlar, não era de entregar seus sentimentos a ninguém, mas com ele era diferente e ela se abria facilmente.

— Você sabe que pode contar comigo pro que precisar! — olhou a neném que ameaçou chorar em seus braços.

Inês antes que pudesse responder algo, levantou antes que a filha chorasse e isso fez com que ele ficasse de pé também.

— Amora está sentindo dor papai! — Alejandro contou por estar prestando atenção nos dois.

— O que ela tem? Precisa ir ao médico? Comprar algum remédio? — tocou a mão dela que estava sobre o corpinho da pequena. — Me diga o que está acontecendo que eu irei te ajudar?!

— Ela está com gases e nada do que eu faço ajuda, ela chora, se espreme e eu não sei mais o que fazer! — suspirou. — Meus seios estão machucados e eu estou tentando me alimentar conforme a médica orientou, mas quando eu penso em comer, ela chora e sozinha não consigo fazer nada! — desabafou com os olhos se enchendo de lágrimas novamente.

— Fique calma! — acariciou seu braço. — Eu posso pegá-la? Alejandro também tinha muito disso e eu tive que me virar sozinho durante as madrugadas, mas aprendi e nunca mais sofri! — passou confiança.

Inês a entregou para ele com cuidado e Victoriano se afastou dela, olhou a pequena Amora que chorou por não sentir mais o afago de sua mãezinha e ele sorriu por ela ser perfeita. Ele a colocou de pé em seu peito, mas deixou uma mão segurando os pezinhos dela que fez força chorando e os primeiros gases foram aparecendo.

— É só fazer desse jeito e suas noites de sono voltarão a ser tranquila! — sorriu para ela.

Inês passou as mãos no cabelo e sorriu por ver a filha mais relaxada, ela os olhava ali juntos e por um momento sentiu ciúmes por ele estar com ela nos braços e ainda conseguir algo que ela se quer conseguiu.

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora