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— Se você quer assim! — deu de ombros. — Você acha que vai conseguir um dia voltar a conversar tranquilamente com sua mãe?

— Eu não sei! — suspirou com tristeza. — Você acredita que ela teve a coragem de dizer na cara de Victoriano que eu tinha beijado Vicente?

— E beijou? — a voz masculina soou e ambas o olharam...

Em outro momento Inês iria rir pelo modo como ele conseguia chegar sem que ninguém o visse ou o sentisse, mas ele chegava no momento em que estava numa conversa mais séria com Dulce e não queria que ele pensasse o que não era. Ele a olhava esperando uma resposta e cruzou os braços, não tinha perguntado nada sobre aquele fato e agora era um bom momento para descobrir se o que a mãe dela dizia era verdade.

Dulce ficou de pé assim como Inês para poder respondê-lo porque não iria permitir que ele duvidasse de sua amiga, ainda mais com aquele traste.

— Claro que não! — respondeu logo. — Eu só sinto asco por aquele homem!

— É uma pergunta que nem deveria ser feita já que ela é apaixonada por você! — os olhos de ambos foram para Dulce.

Victoriano segurou o riso querendo passar uma pose de homem sério mais era maravilhoso ouvir e saber que ela era apaixonada por ele assim como ele era por ela.

— Ela, apaixonada por mim? — caminhou e parou entre as duas e olhou Inês. — Você está apaixonada por mim? — a segurou pela cintura.

Inês confirmou com a cabeça sem entender aquele jeito dele e principalmente aquele olhar tão intenso que a fazia bambear, ainda não tinha contado a Dulce da tarde de amor e sabia que ela surtaria somente em vê-los daquele modo. Victoriano sorriu e aproximou seus lábios do dela como se fosse beijá-la e ela esperou por isso assim como Dulce que estava com os olhos arregalados por ver aquela cena.

— Eu também sou apaixonado por você! — a beijou de leve.

Dulce levou à mão a boca para não gritar e Inês o segurou no rosto o soltando por saber que a amiga poderia fazer um escândalo.

— Sabe Dulce... — abraçou Inês por trás enquanto olhava a mais jovem. — Hoje Inês aceitou meu pedido de namoro.

— O que? — berrou e logo levou à mão a boca. — Tá brincando comigo?!

Inês o olhou e ele só fez rir da cara que ambas tinham, não era possível que ele estivesse fazendo aquilo.

— Inês, por que não contou a ela? — deu um beijinho em seus lábios.

— Eu não tive tempo ainda! — olhou a amiga.

— Deveria ter começado pela parte boa da história! — sorriu. — Até que enfim se resolveram!

— E ainda fizemos amor a tarde inteira! — soltou a bomba e antes que Dulce pudesse dizer algo as deixou sozinhas para terminar de conversar.

— Filho da mãe! — esbravejou com ele subindo as escadas e depois olhou para a amiga. — Dulce respira.

Parecia não acreditar nas palavras dele e ela se preocupou com todo aquele silêncio que vinha dela, mas ao mesmo tempo queria rir porque ela era muito boba para determinados assuntos.

— Por que não me contou essa maravilha antes? — falou por fim.

— Você chegou toda séria e eu queria te entender! — a trouxe para perto e sentaram. — Eu ainda não estou acreditando que ele falou...

Não podia mesmo acreditar que ele havia contato já que mais cedo tinha dito que não era para ela contar nada e do nada soltou a bomba e ainda a deixa sozinha para aguentar todo o interrogatório da amiga.

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora