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— E eu posso saber esse motivo? — os olhos eram pura sedução.

— Você!

Inês sorriu sem conseguir negar que gostou de ouvir suas palavras, há tanto tempo não era bem tratada e respeitada como se devia que tê-lo ali dizendo que ela era um motivo para se comemorar deixou seu coração quentinho e cheio de vontade de enchê-lo de beijos ali na frente de todos, mas se controlou por não ser momento. Victoriano a admirava e tinha um pequeno sorriso no rosto por seu silêncio, era rara as vezes que ela não tinha resposta e naquele momento ela parecia não saber como respondê-lo ou simplesmente estava querendo torturá-lo por ficar calada.

Mais Inês apenas queria desfrutar daquele momento e recordar as palavras dele as guardando em seu coração.

— Não vai dizer nada?

Ela riu arrumando os cabelos antes de dizer.

— Você está me dizendo que eu sou um bom motivo para ser comemorado? — rompeu o silêncio.

— E por que não seria? — cruzou os braços com cuidado.

— Porque geralmente as pessoas fogem de mim! — foi sincera. — Nunca fizeram churrasco para comemorar a minha presença. — deu de ombro.

Ele deu um pequeno riso sem tirar os olhos dela.

— Inês, você é uma bagunça gostosa de ter na vida!

Ela elevou uma sobrancelha.

— Acaso está me chamando de bagunceira?— foi a fez dela cruzar os braços.

Victoriano teve que rir do jeito dela e negou com a cabeça porque com ela as coisas tinham que ser bem explicadas ou ela entendia tudo errado.

— Diga Victoriano é isso?

— Meu Deus como você é teimosa! — negou com a cabeça e a puxou para ele.

Inês descruzou os braços o tocando no peito e logo olhou para o lado querendo saber se era observada por eles, mas eles estavam mais preocupados com Amora e ela voltou seus olhos para ele.

— Victoriano, meu pai está logo ali.

— Eu não ligo se seu pai está ali! — foi firme. — Eu só quero que entenda que você é sim motivo para si comemorar por ter por perto! Você me faz sorrir como eu não sorria há muito tempo!

Ela o olhava nos olhos com tanto carinho por ouvi-lo falar.

— Isso é verdade porque quando te conheci, você tinha uma carranca enorme na cara! — sorriu por se lembrar.

— E você me fez sorrir naquele mesmo dia e em todos os outros pelo seu jeito de ser! — levou uma mão para acariciar seu rosto. — Me fez sorrir e entender que meu filho precisava de mim e eu estava sendo negligente por pensar somente em mim...

— Você só fez o que era certo e não por minha causa! — negou com a cabeça.

— Pelo amor de Deus, Inês...

— Papai a carne! — gritou e ele de imediato a soltou e olhou para o filho que apontava o fogo alto. — Vem pai!

Inês respirou fundo se afastando e depois olhou para o pai e Dulce que a encaravam com um sorriso no rosto e prontos para dizer o que ela não estava pronta para ouvir. Victoriano caminhou até o filho e juntos mexeram no churrasco cortando alguns pedaços para comer e Inês colocou sua comida no prato o que era para ter feito antes daquele papo tão intenso, se aproximou de seu pai e sentou para comer.

— Vocês já se beijaram?

Ela que iria colocar o garfo de comida na boca, parou o olhando.

— Já e foi um beijão Matias! — Dulce respondeu por ela que deixou o garfo no prato de novo sem se quer colocar a comida na boca. — Eu digo que estão apaixonados e ela nega.

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora