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— O que está acontecendo aqui? — a voz grossa soou.

Dulce foi solta e os olhos de César foram para às três pessoas que estavam paradas esperando uma resposta. O socorro tinha chegado tão rápido que ela somente agradeceu, estava com medo de que ele perdesse o controle e a machucasse de verdade.

— É por causa desse velho que está me deixando? — berrou apontando o dedo para Matias. — Eu vou acabar com você! — avançou nele.

Foi tudo tão rápido que Matias só se deu conta do que acontecia quando o gosto de sangue tocou sua língua, virou o rosto e cuspiu. César estava tão fora de si que nem sequer se importou com a presença de seu patrão, queria apenas se vingar por seu relacionamento chegar ao fim, não estava pensando e sim descontando sua raiva nele.

Dulce arregalou os olhos assim como Inês que não acreditou no que via em sua frente, Matias o olhou e o pegou pela camisa, estava furioso por levar um soco sem merecer e o olhou nos olhos.

— Se acha mais homem por me socar? — o balançou. — Imbecil!

Matias não queria chegar às vias de fato com aquele moleque, mas ao vê-lo se armar para socá-lo novamente, o socou primeiro o jogando no chão. Dulce estava tão chocada que raciocinou somente quando o observou no chão e correu para segurar o mais velho, não os queria brigando e muito menos por ela.

— Para! Por favor! — chorou.

Victoriano segurou César que se levantou do chão e o levou para longe dali.

— Já chega! — o apertava. — Vá embora se não quiser perder seu emprego! — o soltou.

César bufava como um animal e sem respondê-lo, virou e se foi chutando o ar. Inês ainda estava chocada com a cena que presenciou e se aproximou do pai o tocando no ombro.

— O senhor está bem?

— Estou! — limpou o canto do lábio. — Não vai ser um frangote que vai me derrubar. — sorriu, olhou para às duas. — Ele te machucou? — tocou o rosto de Dulce.

Ela se afastou do toque dele e olhou para Inês.

— Me desculpe por isso! — limpou as lágrimas. — Eu preciso ir embora!

— Dulce, você está muito nervosa para ir embora assim! — tocou a mão da amiga — Vem, vamos tomar uma água!

— Eu só quero ir embora! — levou as mãos ao rosto.

— Eu te levo! — tocou o braço dela.

Dulce o olhou e negou com a cabeça de imediato.

— A última coisa que quero nesse momento é estar com você! — foi rude e olhou para a amiga. — Eu vou pegar minha bolsa! — limpou as lágrimas e entrou ao lado de Inês.

Matias respirou fundo e tocou o lábio, aquele moleque tinha o soco forte mesmo, olhou Victoriano e sorriu.

— O senhor está bem?

— Em cinquenta e cinco anos, eu nunca tomei um soco! — riu mais ainda negando com a cabeça. — Mas para tudo tem uma primeira vez!

— Nisso o senhor tem razão! — riu o tocando no ombro. — Eu não sei o que está acontecendo e nem vou tirar minhas próprias conclusões sobre o assunto, mas me sinto na obrigação de dizer. Não vou permitir que a magoe porque ela é uma pessoa maravilhosa e melhor amiga da sua filha!

— Não se preocupe! — o entendeu perfeitamente. Entraram e as encontraram na sala.

Dulce estava pronta para ir embora e Victoriano pediu que um de seus homens a levasse, ela agradeceu e se despediu de todos rapidamente e se foi. Matias olhou a filha e também achou melhor ir embora, conversaria com ela em outro momento e com calma. Victoriano assim que ficou sozinho com Inês a abraçou e cheirou seu pescoço.

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora