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— E então? — ficou de pé.

— Pariu igual uma égua! — gargalhou sem se preocupar de onde estava. — Me desculpe, mas eu preciso ir e elas estão bem! — beijou seu rosto e saiu todo atordoado a fazendo ficar sem entender nada.

Victoriano saiu dali, entrou em seu carro e foi direto para o butiquim de seu Manoel e ali parou para beber algo e deixar que aquela euforia passasse.

***

Dulce entrou no quarto com a mala da neném e Inês sorriu para sua fiel amiga, tinha Amora nos braços e a acariciava olhando cada pedacinho de seu corpinho e ela era perfeita, não conseguia acreditar que já a tinha em seus braços e era com toda certeza o seu verdadeiro amor.

— Que bom que chegou! — estava tão feliz que não conseguia esconder o sorriso.

— Eu trouxe a mala dela que estava pronta e trouxe algumas camisolas pra você também, eles só me deixaram entrar agora! — deixou a mala no pé da cama e se aproximou para olhar a neném que era mesmo linda. — Ela é linda! — deu um meio sorriso.

— Ela é perfeita! — olhou a filha mais uma vez e depois olhou para a amiga. — Você está bem?

Dulce não conseguia esconder quando algo não a agradava e em seu rosto demonstrava toda a insatisfação por ter perdido o parto de Amora, ainda não conseguia entender o porquê de ela ter chamado um estranho ao invés de estar com ela como tinham planejado.

— Já vi que não está! — a conhecia muito bem.

Dulce se afastou um pouco dela para poder falar.

— Você sabe que não e eu não consigo entender por que você o escolheu ao invés de mim! — negou com a cabeça cruzando os braços. — Você está apaixonada por ele? — foi certeira em sua pergunta.

Inês arregalou os olhos com as palavras dela e negou com a cabeça de imediato, não estava apaixonada por ele e nem estaria por ninguém depois de sua desilusão.

— Está doida? Eu não estou apaixonada por ninguém e muito menos por ele! — quase gritou.

— Suas atitudes não condizem com o que fala! — respirou fundo porque não queria brigar. — Tanto que combinamos para eu estar aqui com você e no final é aquele ogro que você chama! — fez bico a olhando. — Sabe o que ele me disse assim que voltou para a recepção?

Ela negou com a cabeça e curiosa pra saber o que ele poderia dizer sobre ela e aquele momento que era tão íntimo.

— Me disse que você pariu igual a uma égua!

— Ele falou isso? — fez bico.

— Sim! Saiu todo doido daqui e quando chegou lá embaixo me deu um beijo no rosto me dizendo que você pariu como uma égua! — negou com a cabeça. — Nunca pensei que um homem daquele tamanho pudesse me dar um beijo no rosto!

Inês negou com a cabeça e se recordou novamente do momento do parto, tinha dado a luz de pé e certamente ele a comparava por isso, mas o que realmente a pegou de surpresa foi o beijo no rosto.

— Ele te deu um beijo no rosto? — foi o único que conseguiu dizer.

— É só isso que te importa?! — bufou negando com a cabeça.

— Você é muito ciumenta Dulce e é melhor que segure Amora para se acalmar um pouco porque eu não te troco por nada e nem ninguém, mas naquele momento eu não sei o que me deu pra pedir que o chamasse! — respirou fundo a olhando. — Me desculpe te chatear!

Dulce suavizou o olhar e se aproximou pegando a neném em seus braços e ela se espreguiçou toda folgada ainda adormecida, os pezinhos saíram da manta por ainda está peladinha e ela sorriu a cheirando.

Día De Sorte - Ineriano ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora