— Inês! — a puxou para ele. — Venha que está ficando frio!
A levou para seu carro e entrou do outro lado, ela deu a direção a ele e em silêncio seguiram até a casa dela. Inês apenas o olhou quando chegaram frente a sua casa e sem se despedir, ela desceu andando na direção de sua casa.
— De nada em! — riu e ela não se virou o fazendo ir mais. — Tinhosa! — negou com a cabeça e arrancou com o carro indo embora.
Victoriano dirigiu poucos metros até se lembrar da sacola com o lanche dela, continuou seguindo, mas logo parou com sua consciência o cobrando e fazendo a volta logo estava novamente frente a casa dela, desceu depois de pegar a sacola e bateu a porta.
— Desde quando tem coração mole Victoriano?! — se questionou enquanto caminhava até a porta dela.
Nem sabia o porquê de ter voltado até ali, ou melhor, a barriga dela o tinha feito voltar, tudo que pensava era no quanto ela estaria com fome depois de passar todas aquelas horas no hospital. Inês abriu a porta e se surpreendeu por ele estar ali e rapidamente abaixou a blusa cobrindo sua barriga e elevou uma sobrancelha esperando que ele dissesse o que estava fazendo em sua porta já que tinha visto o carro sumir na estrada.
— Você esqueceu seu lanche! — estendeu a sacola para ela. — Assim não precisa cozinha, isso se souber!
Era impossível ser amigável sem alfinetá-la e ele fazia tão naturalmente que nem se quer percebia, Inês fez um bico do tamanho do mundo o encarando, ele era mesmo um ogro.
— Como consegue ser tão insuportável?! — bufou, mas pegou a sacola. — Pode ir porque eu não irei agradecer!
— Não precisa! Boa noite! — virou para ir e ela fechou a porta rapidamente.
Inês foi para a sala e sentou abrindo a embalagem e ali tinha dois lanches naturais.
— Poderia ter trazido algo mais doce né filha? — pegou o lanche e o abriu. — Pelo menos não teremos que comer macarrão de ontem! — mordeu satisfeita por ser delicioso e ali ficou com seus pensamentos por um longo tempo.
***
Victoriano entrou em casa massageando o pescoço por estar cansado, tinha passado o resto da tarde no hospital esperando que ela acordasse e também estava cheio de fome, caminhou direto para a cozinha e abriu a geladeira pegando a jarra de suco e ao fechar quase a deixou cair pelo susto que tomou com o filho ali parado como um fantasma.
— Alejandro o que é isso? — deixou a jarra sobre o balcão por tremer. — Quase me fez derrubar tudo no chão.
— O senhor viu meu cachorrinho? — ignorou as palavras dele. — Jacinta me disse que estava com a veterinária e por isso não viria jantar!
— Eu não vi aquele bicho e eu estava sim com a veterinária, mas por um assunto médico! — encheu um copo de suco e foi ao fogão ver o que tinha pra comer. — Cadê todo mundo dessa casa?
— Seu prato está no forno e hoje é dia da folga deles. — estava bem sério o encarando.
— Pare de me olhar como se eu fosse o vilão da sua vida! — respirou fundo e logo colocou o prato para esquentar.
— Eu quero meu cachorro e se não me deixar com ele, eu nunca vou te perdoar. — nunca tinha falado daquele modo com o pai e nem sabia como iria reagir a sua afronta.
Victoriano pegou o prato e o deixou sobre a mesa, pegou o suco, copo e os talheres voltando a mesa para sentar.
— Você tem sete anos e sabe muito bem como as coisas funcionam nessa casa e se quer me odiar, eu não ligo por que não vou trazer esse bicho de volta se você não vai cuidar! — foi firme como sempre.
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Día De Sorte - Ineriano ♡
RomanceTudo começou no dia em que te conheci e desde então minha vida mudou. Um dia um tanto inusitado, mas o meu dia de sorte!♡ Uma história de Inês e Victoriano pra acalentar seus corações. ♡